Aconteceu no dia 04 de abril de 1943.
Trecho do texto de jornal de circulação em Santa Catarina sobre o voto da mulher.
“Arão Rebelo é um dos cinco deputados federais da bancada catarinense que integra a Assembléia Nacional Constituinte.
No dia 04 de abril de 1943, o deputado pela região de Blumenau presta sua inestimável colaboração no processo em que a Câmara está envolvida: escrever a nova Constituição do Brasil.
“Senhor presidente, senhores deputados! Vivemos numa encruzilhada da história. É preciso conter os fatos e as idéias emergentes para salvar o organismo nacional. Assim, por exemplo, o direito de voto para a mulher nunca foi uma aspiração de todos os brasileiros.” (Protestos e murmúrios no plenário).
“A finalidade da mulher é ser mãe; é ser rainha do lar. Dar-lhe missão política é matar-lhe o sentimento materno.” (Voz de um deputado: “Roma foi governada várias vezes por mulheres! E Cleópatra? E Joana d'Arc?”).
“A inteligência da mulher não se pode comparar à do homem. A mulher não é capaz de altos vôos. Vive a imitar. A mulher não tem vontade própria. Nasceu para ser dirigida. Não se pode afastá-la de sua finalidade natural.” (Os protestos aumentaram).
“O voto feminino nasceu de um desejo de novidade. Ele é fruto da hipocrisia de alguns homens e do capricho de certas damas que não têm o que fazer. (Protestos fortes e tímidas palmas protocolares se misturam).
Arão Rebelo nunca mais se elegeu para coisa alguma.”
Fonte: Arquivo pessoal
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