A criação do PSD mexeu no cenário
eleitoral de Santa Catarina.
O partido do governador Raimundo Colombo, formado
pelas antigas lideranças do DEM, rompeu uma barreira que a antiga sigla nunca
conseguiu e é o segundo a lançar mais candidatos a prefeito e vice-prefeito no
Estado.
O PMDB continua disparado na frente e
o PP caiu para o terceiro lugar. O crescimento dos pessedistas atingiu todas as
legendas consagradas como as principais da história política de Santa Catarina
desde a redemocratização, em 1982.
Mesmo continuando na frente, os
peemedebistas tiveram pequena redução em relação a 2008 — quando Luiz
Henrique (PMDB) era o governador. São 231 candidatos a prefeito, 11 a
menos. — Havia expectativa de forte redução com a criação desse novo
partido, a força do governador, mas a base do PMDB segurou isso.
Outros partidos perderam mais —
afirmou o vice-governador e presidente do PMDB, Eduardo Moreira. Segundo
colocado em candidaturas nas eleições mais recentes, o PP facilitou a
ultrapassagem que sofreu. Após três derrotas seguidas ao governo estadual, o
partido apostou na aliança com o próprio PSD para voltar ao poder. Com isso,
cedeu espaço. Só nas 20 maiores cidades os pepistas apoiam candidatos do partido
do governador em sete.
— O DEM já era nosso principal aliado
em 2008, com 98 alianças. Hoje, temos 185 coligações com PSD. Em compensação,
temos mais consistência. Onde somos candidatos, somos favoritos — diz Joares Ponticelli,
presidente do PP.
O número de candidaturas representa o
espírito da criação do partido, diz o presidente do PSD-SC, Gelson Merisio, o
novo projeto abriu o leque de alianças.
— Para isso que foi criado o PSD, para
que pudéssemos nos expandir além dos muros do DEM. Um projeto novo, sem vetos,
sem preconceitos. Podemos conversar até mesmo com o PT.
A possibilidade de aliança PSD-PT não
se refletiu. Isolados entre os cinco maiores partidos na oposição, os petistas
buscaram abrigo junto ao PMDB, parceiro em 10 dos 20 maiores colégios, e ao PP,
em cinco deles.
Os números apontam para certo
isolamento do PSDB — que disputa em chapa pura em 22 cidades. Mas ninguém
sofreu tanto quanto o DEM. O partido que teve 106 candidatos a prefeito há
quatro anos, agora conta com apenas oito — nenhum nas 20 maiores.
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