Nova
Trento comparado com os outros municípios da nossa região viveu durante a maior
parte da campanha um “Paraíso Eleitoral”, apesar de alguns fatos isolados.
Sim paraíso eleitoral e em alguns
momentos paralisia eleitoral. Quando alguns neotrentinos passavam por São João
Batista, Canelinha e Tijucas presenciavam uma forma diferente de fazer campanha
política.
Na capital do Vale, Tijucas foram
realizadas enormes carreatas e comícios que fizeram os eleitores participarem
da campanha dos candidatos. Nesses municípios do Vale, foguetadas, buzinaços,
bandeiraços, concentrações, panfletagens, comícios, carreatas e passeatas fizeram
parte da campanha eleitoral.
Por outro lado, nessas cidades foram
encontrados provocações, brigas, intrigas pessoais, desobediência à ordem
pública provocada pela paixão doentia de ambos os grupos políticos. Infelizmente
isso ocorre na política, que deveria ser um processo sadio e democrático.
Em nossa cidade uma grande parcela da
população não participou diretamente do processo eleitoral, muitos não queriam
se manifestam ou por não gostarem de política ou por medo de retaliação se seu
candidato não fosse o vencedor.
Mas nem sempre foi assim. A história
política neotrentina nos mostrou que sempre que houve apenas dois concorrentes
a chefia do poder executivo, as campanhas foram mais acirradas, até pelo fato
que era situação contra oposição. Ficava mais difícil o eleitor se apresentar
neutro, pois se ele criticava a administração, na visão dos partidários, ele
era oposição, mas se achava que o governo era bom, era da situação.
Nas décadas de 1940 a 1960 a disputa
ficava entorno dos partidários do PSD e UDN, que personificavam o período mais
acirrado das disputas eleitorais em nossa cidade e no país, sempre com dois
candidatos.
Nas décadas de 1970, 1980 e até a
metade da década de 1990, a batalha eleitoral ficava por conta dos militantes da
Arena/PDS e MDB/PMDB. As disputas entre esses dois grupos, era bem menos que
nas décadas anteriores. Nessa fase eram os defensores do regime militar
(arenistas) contra defensores da democracia (emedebistas).
Na segunda metade da década de 1990
para cá, tivemos eleições com mais de dois candidatos (exceto em 2008), sendo
que outros partidos conquistaram o poder, dividindo a rivalidade entre oposição
e situação.
Há quem diga que até hoje continua o
embate político entre os partidários do PDS (hoje PP) e PMDB, como presenciamos
neste ano de 2012, apesar de termos também candidatos do PPS e PTB.
Nas eleições de 2000, 2004 e 2012,
tivemos mais de três candidatos, que poderiam ter vencido aqueles pleitos.
Assim ficava fácil encontrar eleitores que se diziam em dúvida, que estavam
neutros, não se posicionando em relação aos candidatos.
Foi em 2000 talvez a eleição mais
tranqüila que tivemos, pois, a manifestação ocorria por parte de partidários
dos candidatos, não tendo um embate entre a situação e oposição declarado. O
candidato que defendia a administração foi o que menos conquistou votos.
O que se presenciou nos últimos três
dias de campanha em 2012, com a propagação da cassação ou não de Sandra e Gian,
até por meio de comunicação escrito, foi algo nunca visto na cidade. Muita
mentira, boatos, manifestações, e desconfiança por parte dos eleitores no dia
da votação pode ter refletido no resultado da eleição, e a indefinição do
Prefeito e vice, declarados eleitos pela Justiça Eleitoral.
Neste ano de 2012, apesar de termos
conhecimento de alguns fatos isolados entre militantes, e a confusão dos últimos
dias, no geral na maior parte da campanha ficou mais para um paraíso eleitoral,
e em alguns momentos paralisia eleitoral, em dias que não houveram eventos
políticos.
Esperamos que continue por parte da
maioria dos políticos o respeito um com o outro para o bem de nossa cidade,
mesmo depois do resultado oficial ainda não ter sido divulgado pela justiça
Eleitoral.
Fonte: Pesquisa de campo 21/10/2012
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