A segunda reforma do colegiado do
governador Raimundo Colombo (PSD) alterou a divisão partidária dos cargos do
primeiro escalão.
Enquanto o PSD e as indicações da cota do governador ganharam
espaço, o PSDB ficou com a menor fatia do bolo. Os peemedebistas, depois de
forte pressão, mantiveram o número de cargos.
Desde quando foi eleito em 2010,
Colombo anunciou como critério para repartir os cargos entre as siglas da
coligação a geografia das urnas. O termo, cunhado pelo senador Luiz Henrique da
Silveira (PMDB) e também utilizado por ele em sua gestão como governador,
define a divisão das vagas conforme a votação que cada partido teve na eleição
para a Assembleia Legislativa.
A geografia desenhada em 2010 dá ao
PMDB a maior fatia do bolo e reparte em partes semelhantes as vagas dos
tucanos, pessedistas e a cota do governador. Mas esse parâmetro já não reflete
a realidade da divisão de cargos no primeiro escalão.
Diante do avanço do grupo ligado ao
governador, os partidos aliados buscam formas de compensação. Entre os
peemedebistas, vice-governador Eduardo Pinho Moreira faz a interlocução para as
indicações. De acordo com ele, o partido está bem contemplado na divisão das
secretarias regionais (SDRs), o que acaba reduzindo os impactos de perdas no
primeiro escalão.
Durante a reforma, um dos espaços que
o PMDB correu o risco de perder foi a secretaria da Saúde, administrada pelo
médico Dalmo de Oliveira. O desempenho do peemedebista no cargo seria a motivação
para a troca. Mas depois de forte pressão da sigla, Oliveira acabou ficando na
pasta.
O partido perdeu Milton Martini, que
comandava a Administração e não foi remanejado para outra vaga. A compensação
foi a indicação de Cleverson Siewert para a presidência da Celesc — nome
ligado a Luiz Henrique.
Há ainda a especulação de outras
movimentações sejam feitas para aumentar o espaço do PMDB. Uma delas seria a
indicação do suplente de deputado federal Gean Loureiro — que foi
candidato em 2012 a prefeito na Capital pelo PMDB e perdeu para o candidato do
governador, Cesar Souza Junior (PSD) — para a presidência da Fatma.
Na outra ponta da tríplice, os tucanos
também buscam novas indicações já que tiveram a maior perda. O interlocutor do
partido é o deputado estadual Dado Cherem (PSDB). Ele já conversou com o
governador e deve se reunir com o novo secretário da Casa Civil, Nelson Serpa
(PSD), na próxima semana para dar sequência às negociações.
— Estamos conversando sobre indicações
em outras funções para que haja um equilíbrio — diz o tucano.
O partido está de olho em nomeações
para diretorias na Celesc e na Casan e em cargos de outros órgãos como a
presidência da Junta Comercial do Estado (Jucesc). Além disso, segundo Dado, é
importante para os tucanos que os prefeitos da sigla sejam contemplados nos
pacotes de investimentos que o governo lançou para este ano. A divisão das
indicações das SDRs também estão na lista de compensação.
Fonte: Site Jornal A Notícia
12/01/2013
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