Governador paulista não tem interesse
em ver o partido controlado por grupo ligado a Aécio Neves.
O governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, tentou manter distância da polêmica sobre a
disputa para a eleição da presidência do PSDB, marcada para maio.
— Temos dois meses para ter uma boa
conversa e eleger uma boa diretoria partidária — disse Alckmin nesta
terça-feira em Brasília.
O debate interno gira em torno de duas
vertentes: de um lado, os mineiros que defendem o nome do presidenciável
tucano, o senador Aécio Neves, como forma de garantir a ele visibilidade
para a campanha do ano que vem; de outro, a incerteza sobre o papel do
ex-governador José Serra, candidato derrotado nas eleições à prefeitura de
São Paulo em 2012, e duas vezes em eleições presidenciais anteriores, mas ainda
uma importante voz no PSDB.
Após participar de uma audiência
pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Alckmin destacou
que Aécio é um dos melhores quadros para assumir a presidência tucana, posição
contrária à que havia adotado na segunda-feira durante uma reunião com a
bancada de deputados federais do PSDB, quando avaliou que a presidência da
sigla poderia não ser boa para o senador.
Cauteloso, porém, o governador
ponderou que as eleições são apenas em maio e, até lá, há tempo de sobra para
avaliar as possibilidades. O governador de São Paulo é potencial candidato à
Presidência em 2018 e não tem interesse em ver o partido totalmente controlado
pelo grupo mineiro.
Fonte:
Site Jornal A Notícia 19/03/2013
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