O único nome natural na disputa é o do
governador Raimundo Colombo (PSD).
O cenário pré-eleitoral em Santa Catarina
ainda não tem seus protagonistas. Ao contrário de quatro anos atrás, quando se
sabia de cor e salteado quem eram os cinco pré-candidatos ao governo, hoje
apenas um nome é dado como certo na briga de 2014: o do governador Raimundo
Colombo (PSD). As outras legendas, leia-se PMDB, PSDB, PT e PP, estão na
costura de alianças e busca de nomes.
Em 2010, cada um dos principais
partidos defendia um nome. Encerradas as negociações, sobraram três
candidaturas e a tríplice foi reeditada com PMDB, PSDB e DEM (hoje PSD).
A história agora é diferente. Há pouco
mais de 15 dias, em um contexto de antecipação da corrida nacional entre Dilma
Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), surgiram as primeiras
manifestações públicas sobre a disputa em SC. Na tribuna do Senado, Paulo Bauer defendeu
candidatura própria do PSDB ao governo, o que na prática significa o
desembarque da tríplice aliança. A bancada estadual tucana reagiu e lançou nota
contestando as manifestações do senador. Reafirmou apoio ao governo, o que
agradou Colombo.
Os dois lados sabem que qualquer
aliança para 2014 será influenciada pelo cenário nacional. Se Colombo apoiar
Dilma, é difícil para o PSDB de Santa Catarina se sustentar na aliança. É
necessário dar palanque a Aécio.
Os peemedebistas também avaliam os
cenários. Há pouco mais de uma semana, em encontro na Capital que reuniu
prefeitos e vereadores, o prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito,
defendeu que o PMDB tenha candidato ao governo. Concordam o deputado federal
Mauro Mariani, o ex-governador Paulo Afonso e o ex-prefeito Dário Berger.
O próprio vice-governador Eduardo
Moreira, que comanda o PMDB em SC, fala da possibilidade de os peemedebistas
voltarem a ser protagonistas. Só não é visto como candidato pela base porque em
2010 abriu mão da disputa para ser vice.
Outra vertente é articulada pelo senador
Luiz Henrique, que sonha com a nova versão da tríplice aliança, com PSD, PMDB e
o PT no lugar do PSDB. LHS e Paulo Bauer conversaram algumas vezes sobre o
assunto nas caminhadas diárias pela Asa Sul. Em jantar em Brasília há 15 dias,
Dilma teria dito a Colombo que gostaria de ver o PSD e o PMDB coligados ao PT
em SC, como vem sustentando LHS. Concretizado este cenário, Colombo buscaria a
reeleição, tendo o vice do PMDB. Um dos nomes cotados é o do secretário da
Infraestrutura, Valdir Cobalchini. O Senado caberia ao PT.
Oficialmente, para os petistas,
aliança com o atual governo está descartada. Pelo Estado, cresce a defesa pela
candidatura própria. A coligação com os peemedebistas até é bem-vinda, desde
que não venha acompanhada pelos pessedistas, o que é improvável. Entre os nomes
apontados ao governo estão o deputado federal Décio Lima e o ex-deputado
Claudio Vignatti, que tem conversado com os deputados peemedebistas na AL e é
simpático à ideia da coligação.
A ministra Ideli Salvatti, que já
teria ouvido da própria Dilma que faz falta no Congresso, não quer concorrer ao
governo. Pode disputar o Senado, especialmente se a aliança com o PMDB vingar.
Há a possibilidade de ser candidata a deputada federal e garantir mandato.
Sem o menor interesse de voltar a ser
oposição, o PP se articula para construir a aliança com o PSD. Em troca de
apoio à reeleição de Colombo, os pepistas falam no vice ou na vaga ao Senado. O
cenário seria o ideal para Joares Ponticelli.
Fracassadas as negociações com o PSD, uma alternativa seria o PSDB. Considerando a proximidade de Bauer com o casal Amin e as boas relações entre PSDB e PP na AL, este cenário também ganha força nos bastidores pepistas. Em outra frente, como plano C, surge o PT.
Fracassadas as negociações com o PSD, uma alternativa seria o PSDB. Considerando a proximidade de Bauer com o casal Amin e as boas relações entre PSDB e PP na AL, este cenário também ganha força nos bastidores pepistas. Em outra frente, como plano C, surge o PT.
No PSD, obviamente é grande a mobilização
para garantir a reeleição. Politicamente, os pessedistas aprovariam a reedição
da tríplice, mas sabem que é difícil ter o PSDB. A aliança com o PT também é
dada como improvável. Nenhum dos dois quer.
Considerando o interesse de Dilma em
ter o apoio de Colombo, nada impede que a presidente tenha dois palanques no
Estado, um do PT e outro do PSD. Em tempo: a aproximação com o PP agrada.
Fonte:
Jornal A Notícia 30/03/2013
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