Desafio é conseguir 500 mil
assinaturas até julho e garantir registro do partido para eleições de 2014.
O mês de maio começa desafiador para a
Rede Sustentabilidade, movimento que tenta se tornar partido nas próximas
eleições presidenciais. Encabeçada pela ex-senadora e ex-ministra do Meio
Ambiente Marina Silva, a Rede corre contra o tempo na busca alianças e de
assinaturas que aprovem a criação do partido. Em Santa Catarina ,
ainda não há um nome político forte aliado ao movimento. Em busca de
apoiadores, Marina Silva chega a Florianópolis nesta sexta-feira, 3.
Para oficializar o movimento como o
31° partido nacional, são necessárias, até setembro, 500 mil assinaturas em
pelo menos nove estados brasileiros. A Rede não divulga quantas foram coletadas
até agora em todo o país, mas reconhece que, da meta de 30 mil em Santa Catarina ,
ainda há pouco mais de 5 mil assinaturas contabilizadas.
Nas últimas eleições presidenciais,
quando Marina concorreu pelo Partido Verde (PV), dos 19,6 milhões de votos,
foram 507 mil no Estado. Em Florianópolis, a candidata foi a segunda mais
votada, ficando à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) e conquistando
28,67% dos eleitores.
A aposta do movimento é a mobilização
individual e voluntária na coleta de assinaturas. O voluntariado é peça-chave
presente desde o estatuto registrado em cartório, no dia 27 de fevereiro, em Brasília. No
estatuto, a Rede é declarada como "uma associação de cidadãos e cidadãs
dispostos a contribuir voluntária e de forma colaborativa para superar o
monopólio partidário da representação política institucional".
Movimento tem foco no trabalho
voluntário:
Segundo a integrante da executiva
nacional provisória da Rede em SC, Miriam Prochnow, apesar de ser um processo
mais lento, o voluntariado leva a resultados mais duradouros.
– Com o trabalho voluntário, o ritmo
fica um pouco mais lento do que poderia ser. Por outro lado, a gente sabe que,
quando a pessoa faz isso de forma voluntária, elas querem mesmo participar –
reforça.
Outra aposta do movimento é o público
jovem e a comunicação por meio das redes sociais.
– Todos os nossos materiais estão
disponíveis na internet. As pessoas que se identificam com a proposta podem
fazer parte de forma independente, sem ter alguém liderando ou convocando
reuniões. Os jovens devem estar mais engajados, porque a proposta toda está
fundamentada para o futuro. Mas temos pessoas de várias idades e de diferentes
setores que já são parte da Rede – explica ela.
Além de Florianópolis, Balneário
Camboriú, Itajaí, Caçador e Rio do Sul concentram os maiores números de
assinaturas. Os principais temas em debate e que, se o partido for
oficializado, serão a base da campanha, serão geração de energia e os modelos
ideais para a educação. Na Capital, a agenda de Marina Silva começa às 15h, em
caminhada no centro, e encerra às 19h, com palestra no auditório da reitoria da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte:
site Jornal A Notícia 01/05/2013
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