Articulação para garantir palanque a Eduardo Campos
acende sinal alerta em outras siglas. PSD adianta que não aceitará perder
mandatos.
Oficialmente, o deputado federal e secretário de
Desenvolvimento Sustentável Paulo Bornhausen ainda não confirma a troca do PSD
pelo PSB, mas já articula uma chapa de peso para a Câmara e Assembleia
Legislativa em 2014 que reforce o palanque de Eduardo Campos (PSB) em Santa Catarina.
A meta dos socialistas é eleger de dois a três
deputados federais e de quatro a cinco estaduais na eleição do ano que vem e a
composição da nominata passa pela garimpagem nas lideranças das outras
legendas. O PSB afirma que os primeiros alvos das investidas são políticos sem
mandato — mas que já tenham uma base eleitoral forte —, e pessoas que não
estejam na política mas sejam referências em suas áreas de atuação,
especialmente no setor empresarial.
A direção do partido busca atrair descontentes com os
rumos da gestão petista de Dilma Rousseff (PT) e também lideranças que se
identifiquem pelo discurso do governador pernambucano. Dois itens são
destacados. Um é a ideia de que a gestão deve se sobrepor às decisões políticas
– que agrada o setor empresarial. E o outro é a defesa de um novo pacto
federativo, com a redistribuição da arrecadação tributária, que tende a ter boa
receptividade junto a prefeitos, deputados estaduais e federais ou
ex-detentores de mandatos.
As articulações, lideradas pelo ex-governador Jorge
Bornhausen (sem partido) têm criado constrangimentos. Na sexta-feira, em um
movimento capitaneado pelo presidente estadual do PSD, deputado Gelson Merisio,
a bancada estadual pessedista entregou um documento ao governador Raimundo
Colombo que promete fidelidade e reafirma apoio na disputa à reeleição no ano
que vem.
— Não vamos perder nenhum detentor de mandato eletivo
a não ser o Paulinho que tomou uma decisão que a gente respeita. É um caso
especial, pelo distanciamento ideológico histórico dele e do Jorge Bornhausen
com o PT, e que nós temos que respeitar. Isso não se aplica a nenhum outro dos
detentores de mandato. Aí é uma questão legal, os mandatos pertencem ao partido
e isso será cobrado em todas as instâncias — adiantou Merisio sobre a
possível troca-troca partidária que pode ocorrer até final de setembro, quando
encerra o prazo legal para quem deseja se candidatar na campanha do ano que
vem.
Fonte: site Jornal A Notícia 10/06/2013
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