Disputas pelas siglas passam pelas
definições de apoio ou oposição às reeleições de Raimundo Colombo e Dilma
Rousseff.
Os rachas partidários que se
aprofundaram nos últimos meses em Santa Catarina e levaram ao adiamento de duas
convenções têm como pano de fundo as eleições de 2014.
As movimentações das peças do jogo
levam em conta o cenário atual e as análises sobre as alianças que se formarão
em torno das candidaturas à reeleição do governador Raimundo Colombo (PSD) e da
presidente Dilma Rousseff (PT). Por enquanto, Colombo é a única presença certa
nesse tabuleiro.
Todos os partidos têm seus dilemas e,
no momento, indefinições de estratégias. O PMDB, maior partido do Estado, está
entre levar adiante o projeto de uma candidatura própria e a reedição da
coligação com o PSD de Colombo. A prova dos nove será no dia 29 deste mês,
quando será eleita a nova executiva estadual.
— O PMDB é governo. Não
"estamos" no governo. Fomos eleitos em uma chapa. Se ganhar a
convenção, o diálogo com o partido do governador terá mais facilidade de
continuar. Mas não significa que a gente esteja junto de novo. É uma
possibilidade — diz o vice-governador Eduardo Moreira, que está licenciado
da presidência do partido e deve disputar o cargo com o deputado federal Mauro
Mariani.
Oficialmente, o PP também defende o
lançamento de uma chapa própria à sucessão estadual. Mas não há consenso. Os
rumos na eleição do ano que vem dependem de quem vencer a disputa pelo comando
da sigla em SC. Joares Ponticelli, que pretende mais um mandato na presidência
pepista, e o adversário João Pizzolatti defendem caminhos diferentes.
— Tudo o que se disser daqui até março
ou abril do ano que vem não terá necessariamente consequência. Muitas
especulações vão acontecer. Agora começa o tempo de muito blefe. E vai todo
mundo fazer um grande esforço — natural que os partidos façam — para
evidenciar os seus nomes — afirma Ponticelli.
Licenciado da presidência do PP
justamente para facilitar um consenso na convenção, Ponticelli é da ala
mais ligada a Colombo. Atuou no sentido de levar a bancada estadual do partido
na Assembleia Legislativa para a base de apoio do governo. Pizzolatti advoga um
voo mais independente ao partido, de olho na reconquista do poder no Estado.
Os palanques presidenciais também têm
influência importante nessas quedas de braço internas. À espera dos adversários
do ano que vem em Santa Catarina, o PSD de Raimundo Colombo avalia com cautela
os diversos cenários da disputa ao Palácio do Planalto.
O governador está cada vez mais
próximo à Dilma, tem forte ligação pessoal e partidária com o governador
de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e também tem afinidade com o tucano
Aécio Neves (PSDB) — pela ligação histórica que seu antigo partido
(DEM/PFL) sempre teve com o PSDB nacional.
Fonte: Site Jornal A Notícia 01/06/2013
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