O termo leninismo é
utilizado para designar a corrente política surgida pelo rompimento político
com o economicismo da social-democracia européia no começo
do século XX.
Apesar de levar o nome de seu
principal fundador, o leninismo também carrega contribuições de revolucionários
como Grigory Zinoviev (por formular junto com Lenin a teoria do
desenvolvimento desigual) e Lev Kamenev.
Lenin procurou adaptar a teoria
marxista do século XIX à realidade do século XX e foi um dos
principais teóricos marxistas e o principal líder da Revolução Bolchevique
de 1917, na Rússia...
A formulação de Lenin das leis do
período histórico do imperialismo, no qual a maioria dos países são explorados
por alguns poucos (imperialistas), combate essa concepção de evolução
capitalista igual de todos os países do mundo.
Este pensamento está expresso
principalmente no livro Imperialismo: Fase Superior do Capitalismo. Para
ele, essa linha não se aplicaria aos países de industrialização tardia, onde apenas
o proletariado poderia cumprir as tarefas antes designadas como
da revolução burguesa, como a reforma agrária, o fim do imperialismo,
as condições básicas de educação, saúde, etc.
Da mesma forma, combatia a visão da
social democracia, na qual a rotina da classe operária em suas lutas econômicas
poderia determinar uma consciência revolucionária de maneira objetiva. Para
Lenin, adquirir essa consciência revolucionária dependia de um fator subjetivo,
a intervenção do partido revolucionário nas massas.
De certa forma, Lenin resolve um
problema que Marx deixa em aberto. No modo de produção capitalista,
a classe trabalhadora é condicionada a uma progressiva alienação de
suas potencialidades, tanto pelo papel no qual é forçada a se enquadrar no trabalho
(alienação do trabalho intelectual), quanto pelos meios de comunicação, pelas
religiões, etc.
Um partido composto por toda a classe
trabalhadora, no formato dos partidos da Segunda Internacional, tendia, em
momentos de contra-revolução, a adquirir um caráter rebaixado, que reproduzia a
alienação de grande parte da classe.
A solução de Lenin foi a constituição
de um partido centralizado, baseado na defesa de um programa revolucionário, no
qual só seria permitida a entrada mediante concordância básica com esse programa
e captação para o partido apenas dos elementos mais avançados da classe
trabalhadora e da vanguarda que a compõe.
Esse centralismo deveria se refletir
em todas as intervenções públicas externas deste partido. Apesar de parecer
restritivo e anti-democrático, o centralismo se contrapunha com uma
característica interna democrática, na qual a disputa entre diferentes
tendências era livre pelo controle da linha geral do partido em seus
congressos, fóruns e plenárias. Uma vez decidida a posição de maioria dentro do
partido, entretanto, todos os seus membros (mesmo os de minoria) devem defender
publicamente apenas a concepção dominante.
Dessa forma, as principais
características do leninismo podem ser resumidas a seguir:
a)
Polêmica com a ala “economicista” da social democracia, a partir da defesa de
uma intervenção no movimento de massas que fosse além das demandas econômicas,
pois só assim a consciência do proletariado poderia atingir caráter
revolucionário;
b)
Defesa de um partido que interviesse de maneira centralizada em todos os
espaços de discussão e militância do proletariado (o centralismo democrático);
c)
Compreensão da fase Imperialista do capitalismo como sua época de decadência
(teoria do desenvolvimento desigual); e
d)
As consequências práticas dessa época para o caráter da revolução nos países de
industrialização tardia e hiper-tardia (desenvolvidas em 1917, nas Teses de
Abril).
No Brasil os partido políticos
Leninistas são o PCB, PCdoB.
Fonte: Wikipédia
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