Numa aparição relâmpago em Brasília, o
ex-governador José Serra deixou evidenciar, nesta terça-feira (16), sua
intenção de concorrer à Presidência no ano que vem.
Ao ser questionado sobre seu destino
político, Serra não negou a possibilidade de deixar o PSDB. Apenas repetiu que
não pretendia tocar no assunto hoje. Ele disse que tem interesse na disputa
presidencial e que não despreza o seu patrimônio eleitoral herdado de 2010.
Ao falar do convite do presidente do
PPS, Roberto Freire (SP), para que migre para o partido, Serra afirmou:
"Tenho muito boas relações com o Roberto Freire e tenho com outros
políticos de outros partidos".
Serra recorreu a evasivas ao responder
sobre a hipótese de disputar as eleições por outra sigla. De gravata azul,
escorregou quando perguntaram se usaria a mesma cor --coincidente com a
bandeira do PSDB-- no ano que vem. "A cor do PSDB é azul e amarela",
reagiu.
Questionado, ele afirmou ainda que
"ninguém despreza" um capital eleitoral de 43 milhões de votos, numa
menção à sua performance na eleição presidencial de 2010.
Serra desembarcou em Brasília no fim
desta tarde. Num dia sem a presença de Aécio Neves (PSDB-MG) em Brasília,
visitou os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Na
saída, aproveitou para criticar o governo Dilma. Chamou de "sem pé nem
cabeça" a ideia de plebiscito para reforma política e criticou as
propostas do governo para a área médica.
Serra, que viajou a Brasília a
pretexto de cumprir uma agenda pessoal, se reuniu com o líder do PSDB no
Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP).
"Não fico contente com a queda de
ninguém. Principalmente da presidente da República. O fato é que temos um
governo fraco e uma crise. E essa crise está à procura de um governo",
disse.
Fonte: Site Jornal Folha SP 16/07/2013
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