Recurso de Angela Albino e
questionamento de Maurício Eskudlark serão analisados pela CCJ.
A polêmica sobre a criação da CPI das
Águas na Assembleia Legislativa deve se arrastar durante pelo menos mais 15
dias.
Na
quinta-feira, o presidente Joares Ponticelli (PP) encaminhou o recurso da
deputada Angela Albino (PC do B) à Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ), que também vai analisar o requerimento do deputado Maurício
Eskudlark (PSD).
O pessedista, que assinou o pedido de
criação da CPI, agora questiona o objeto da investigação e alega que não cabe à
Assembleia Legislativa apurar irregularidades nos contratos de municipalização
dos serviços de água.
A comunista, que coletou as 19
assinaturas, diz que cumpriu os pré-requisitos (fato determinado, mínimo de
assinaturas e prazo) e que a CPI tem de ser instaurada de imediato.
– Tanto no requerimento do deputado
Eskudlark como no recurso da deputada Angela, estou seguindo rigorosamente o
que prevê o regimento da Casa, que é enviar os questionamentos à CCJ – explica
o presidente.
Apesar do cochilo dos parlamentares
governistas, que não impediram Angela de obter as assinaturas necessárias para
pedir a abertura da investigação, a leitura é de que dificilmente a CPI das
Águas vá adiante.
De qualquer maneira, o caso será
discutido na CCJ a partir da próxima terça-feira, quando o presidente Mauro de
Nadal (PMDB) deve designar o relator das matérias, que serão analisadas em conjunto.
É provável que o escolhido seja o
deputado José Nei Ascari (PSD), que é advogado e transita com facilidade pela
área jurídica. Entre as justificativas para a indicação dele está o argumento
usado no recurso: uma orientação do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o regimento interno da AL, o
parecer do relator tem de ser apresentado na semana seguinte, em 27 de agosto.
O prazo pode ser alterado se houver um pedido de vistas. A princípio, a votação
na CCJ é terminativa, o que significa que o caso não deve ir a plenário. A
tramitação muda se o presidente do Legislativo pedir que o parecer seja
colocado em discussão na Casa.
Somente dois dos nove deputados que
fazem parte da CCJ – os petistas Ana Paula Lima e Dirceu Dresch – assinaram o
pedido de criação da CPI, protocolado na terça-feira. Ana Paula e Angela ainda
analisam a possibilidade de a representante do PC do B assumir o lugar da
deputada do PT na comissão e defender a investigação. Seria uma última
tentativa.
Fonte: Site Jornal A Notícia 16/08/2013
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