Democratas (DEM) é um partido
político brasileiro de centro-direita/direita cujas ideologias
políticas são o liberalismo e o conservadorismo liberal. O partido é
membro da Internacional Democrata Centrista junto com diversos outros
partidos de direita como a CDU na Alemanha ou a UMP na
França. Foi refundado em 28 de março de 2007, em substituição ao Partido
da Frente Liberal (PFL). Seu código eleitoral é o 25 e suas
cores oficiais são o azul, o verde e o branco.
O DEM afirma ser defensor da ética, da
democracia, do exercício dos direitos humanos, da economia de mercado e
do liberalismo econômico.
De acordo com o cientista político
Jairo Nicolau, a refundação do PFL como DEM teve como objetivo coroar um
processo geral de modernização do partido. "O DEM gostaria de ser um
partido de direita moderno, com um novo programa e dirigido às camadas
médias urbanas; uma espécie de Partido Conservador do Reino Unido",
diz. De acordo com ele, isso explicou a saída de membros históricos da
direção do partido e a ascensão de jovens dirigentes como Rodrigo Maia, Kátia
Abreu e Gilberto Kassab.
Junto com o PSDB e o PPS,
o Democratas forma o maior bloco oposicionista durante o governo Lula e
o governo Dilma, único momento em sua história onde foi oposição. Em todos
os outros momentos, integrou a base governista.
O Democratas é o sucessor da antiga Frente
Liberal (PFL), que por sua vez foi uma dissidência do antigo Partido
Democrático Social (PDS).
Em 28 de março de 2007 , o partido muda
de nome para recuperar sua imagem após péssimos resultados nas eleições de
2006, em que perdeu dezenove cadeiras na Câmara dos Deputados e uma
cadeira no Senado, além de conquistar apenas o governo do Distrito
Federal. O primeiro nome escolhido foi "Partido Democrata" (PD).
Entretanto, decidiram modificar sua sigla para DEM e seu nome para
"Democratas". A eleição do deputado fluminense Rodrigo Maia como
presidente do partido indica uma mudança de núcleo do Nordeste para o Rio
de Janeiro e São Paulo.
A tentativa de uma nova imagem para o
antigo PFL não chegou a ser uma aspiração isolada, na verdade quando da
organização da ainda Frente Liberal um dos nomes cogitados para a nova
agremiação foi o de "Partido Liberal Progressista" (PLP), contudo tal
ação não vingou.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas durante
o governo Collor uma informação atribuída ao Ministro da Justiça Jarbas
Passarinho (e por ele negada com veemência) dava conta de que o PDS e PFL
teriam a intenção de se reagrupar no "Partido Social Liberal" (PSL),
aliás o termo "social" surgiu como alternativa para uma mudança de
nome do partido algum tempo depois, entretanto havia quem apregoasse somente a
alteração na expressão "frente" de modo a preservar a sigla PFL.
Durante a transição para a nova sigla
foi revelado por Jorge Bornhausen que "PFL" era uma
denominação provisória apesar de decorridos vinte e dois anos desde a fundação
do partido e a expressão "democratas" serve como um contraponto ao
que ele qualificou de "onda de populismo" na América do Sul.
O partido aposentou alguns dos antigos
líderes, os trocando por líderes mais jovens. A renovação inclui o ar de
novidade a figuras do passado, como Gilberto Kassab e José
Roberto Arruda, ou nomes de expressão antes regional, como Kátia Abreu. Como
grandes conquistas até o momento, o partido conseguiu a derrubada da CPMF,
tendo sua bancada fechado questão no Senado Federal contra a
contribuição, defendendo a filosofia liberal de redução da carga tributária, e
a prefeitura do Município de São Paulo, maior cidade do país e terceiro
orçamento da nação, perdendo apenas para o estado de São Paulo e para
a União.
Para as eleições de 2010, DEM, PSDB e
PPS já formalizaram um pré-acordo para a constituição da coligação
oposicionista, intitulada "Bloco Democrático-Reformista". Assim, o
DEM lançou o deputado do Rio de Janeiro, Índio da Costa, como candidato à
vice-presidente na chapa do candidato à presidente do PSDB, José
Serra.
Em novembro de 2009, o partido
defrontou-se com o escândalo Mensalão do GDF ou mensalão do DEM de
Brasília, envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
No entanto, como o partido assumiu uma posição firme de deliberar pela expulsão
de Arruda, o mesmo pediu desfiliação do partido no dia 10 de dezembro de 2009 ,
para evitar um desgaste político ainda maior.
Cisão
de 2011
Gilberto Kassab e outros
correligionários insatisfeitos decidem criar em 2011 o Partido Social
Democrático, dedicado a uma orientação política menos conservadora e
mais centrista. O Democratas recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral contra
a criação da nova sigla, porém sem êxito. O partido perdeu para o PSD dezessete deputados
federais, uma senadora (Kátia Abreu), um governador (Raimundo Colombo) e
diversos deputados estaduais e vereadores.
Fonte:
site Wikipédia 18/04/2013
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