A aprovação ao governo da presidente
Dilma Rousseff sofreu forte queda em junho e está se recuperando de maneira
lenta e gradual.
Na pesquisa Datafolha de 28 e 29 de novembro, subia a
41%.
Mas entre os beneficiários do Bolsa
Família, o maior programa social da administração federal, a taxa já está 12
pontos acima, em 53%.
Segundo o Datafolha, esse padrão é
recorrente. Numa pesquisa de 6 e 7 de junho passado, ainda sem os efeitos
completos das manifestações daquele mês, 67% dos que recebiam as mensalidades
do Bolsa Família achavam o governo petista bom ou ótimo --um percentual dez
pontos acima da aprovação geral à administração federal, que era de 57%.
Os levantamentos do Datafolha foram
realizados em todo o país e têm uma margem de erro de dois pontos percentuais,
para mais ou para menos.
O Datafolha não aplicou a pergunta
sobre o Bolsa Família em suas pesquisas nos meses de agosto e outubro. É
impossível, portanto, saber como foi a opinião dos beneficiários do programa
nesse período nem se a taxa já esteve abaixo dos 53% atuais.
É importante registrar que essa
aprovação da atual presidente entre os que recebem o Bolsa Família é
numericamente acima dos 47% desfrutados por Luiz Inácio Lula da Silva nesse
mesmo grupo de eleitores no início de fevereiro de 2006, ano em que o
antecessor de Dilma foi reeleito. Naquela época, a administração lulista era
aprovada por 36% dos brasileiros.
O Bolsa Família é distribuído para
13,8 milhões de famílias e consome R$ 25 bilhões por ano. Numa conta
aproximada, atinge 40 milhões de brasileiros, direta ou indiretamente. O valor
do benefício médio mensal é da ordem de R$ 152.
Assim como na aprovação do governo, o
eleitor que recebe o Bolsa Família é sempre muito mais generoso com o Planalto
nos cenários eleitorais para 2014.
Numa disputa entre Dilma Rousseff
(PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), os percentuais de intenção de
voto seriam hoje de 47%, 19% e 11%, respectivamente. Mas entre os beneficiários
do Bolsa Família as taxas são de 63%, 12% e 9%.
LARGA VANTAGEM:
Em qualquer cenário proposto, Dilma
ganharia hoje com larga vantagem a eleição do ano que vem entre os que recebem
o estipêndio mensal do Bolsa Família. Seu percentual mínimo é de 55%.
Nesse mesmo grupo de eleitores, a
vitória seria certa num eventual segundo turno, com as taxas de intenção de
voto da petista variando de 63% a 73%.
O Datafolha também apurou que 66%
dos brasileiros querem que a maior parte das ações do próximo governo seja
diferente do que faz a atual presidente. Entre os que recebem o estipêndio
mensal do Bolsa Família, o percentual cai dez pontos e é de 56%.
Fonte: Site Folha SP 05/12/2013
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