Governador morreu na madrugada desta
segunda-feira vítima de câncer. Político lutava contra doença no estômago e pâncreas há quatro anos.
O corpo do governador de Sergipe, Marcelo
Déda (PT), de 53 anos, deixou o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por
volta de 10h30 desta segunda-feira (2), em um carro funerário. O
governador morreu às 4h45 desta segunda-feira (2) no local, onde estava
internado para tratar de problemas decorrentes de um câncer no estômago e no
pâncreas. Ele lutava contra a doença havia quatro anos.
A pedido da presidente Dilma Rousseff,
a Força Aérea Brasileira disponibilizou um avião para buscar o corpo de Déda em
São Paulo e levá-lo para Aracaju. De acordo com a assessoria de imprensa do
governo do Sergipe, o corpo do governador vai chegar esta tarde ao aeroporto
Santa Maria, na capital sergipana.
De lá segue para o velório no Palácio
Museu Olímpio Campos, onde será celebrada uma missa para a família e amigos
(anteriormente, o órgão informou que a celebração religiosa seria feita no
próprio aeroporto). Após a missa, o velório será aberto ao público a partir das
21h e segue até às 17h da terça-feira (2). Na quarta-feira (4), o corpo seguirá
para Salvador, onde será cremado.
O governador em exercício de Sergipe,
Jackson Barreto (PMDB), decretou luto oficial de sete dias em homenagem a
Marcelo Déda.
Déda cumpria seu segundo mandato como
governador, após ser reeleito em 2010. Filiado ao PT desde os anos 1980,
iniciou a carreira como deputado estadual. Foi eleito duas vezes deputado
federal e também foi prefeito da capital Aracaju.
O político foi diagnosticado com a
doença em 2009, quando se submeteu a uma cirurgia para retirada de um nódulo
benigno do pâncreas. Em 2012, ele retomou o tratamento quimioterápico.
No dia 27 de maio, Déda transferiu seu
cargo para o vice-governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB). Naquele
momento, a assessoria de imprensa do governo informou que ele se afastaria por
15 dias para dedicar mais atenção ao tratamento de saúde realizado em São
Paulo.
Segundo especialistas ouvidos pelo G1,
os tipos de câncer no estômago e no pâncreas, são silenciosos e
considerados dos mais letais, pois provocam metástase, processo em que a doença
se espalha pelo organismo através da corrente sanguínea.
Marcelo Déda deixa cinco filhos, sendo
três do primeiro casamento, com Márcia, (Marcella, Yasmim e Luísa), e dois do
segundo casamento, com Eliane Aquino (João Marcelo e Mateus).
Carreira política: Marcelo Déda era
militante do PT desde 1985 e conquistou seu primeiro cargo político em 1986,
quando foi eleito deputado estadual com mais de 30 mil votos. Voltou à política
em 1994, quando foi eleito deputado federal, e reeleito na Câmara em 1998.
Em 2000, Déda foi eleito prefeito de
Aracaju e começou seu primeiro mandato em 2001. Foi reeleito em 2004. Além
disso, o petista foi eleito governador de Sergipe em 2007 e reeleito em 2011.
No fim de 2009, o Ministério Público
Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua cassação por
abuso de poder. Em 2010, o TSE absolveu Déda da mesma acusação.
Dilma fala em 'grande amigo': A
presidente Dilma Rousseff lamentou em seu perfil no microblog Twitter, a morte
do governador de Sergipe, Marcelo Déda. A chefe do Executivo disse na rede
social que perdeu "um grande amigo" e que o Déda "fará
falta".
Em
nota oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, a presidente ressaltou os
talentos literários e políticos do chefe do Executivo sergipano.
"Déda era capaz de recitar
poesia, inclusive as próprias, com a força de um grande artista e a
naturalidade de um repentista. Ao mesmo tempo, era capaz de aprimorar uma
discussão com uma lógica irretocável", relatou no texto oficial.
No comunicado, Dilma cita os nomes da
mulher e dos cinco filhos de Déda e diz que eles perderam "um companheiro
leal" e "um pai amoroso". "Déda foi um exemplo de coragem
na saúde e na doença e um exemplo de caráter na vida privada e na trajetória
pública."
Veja a nota divulgada pelo Hospital
Sírio-Libanês: O governador de Sergipe, Marcelo Déda, internado no Hospital
Sírio-Libanês, devido a complicações de uma neoplasia gastroentestinal, faleceu
às 4h45 desta madrugada.
O governador estava com sua família e
vinha sendo acompanhado pelas equipes dos professores-doutores Paulo Hoff, Raul
Cutait e Roberto Kalil Filho.
Fonte: Site O Globo 02/12/2013
Nenhum comentário :
Postar um comentário