Substitutos, que terão de entregar
cargos após eleição, estão sendo discutidos com os aliados.
Com a saída de pelo menos nove ministros que
disputarão as eleições, além da chegada de aliados, a presidente Dilma
Rousseff terá de renovar um terço do seu primeiro escalão. A reforma ainda
visa a equalizar o espaço da base, na tentativa de assegurar palanques
regionais para a campanha.
As mudanças ocorrerão até fevereiro e
podem afetar 14 das 39 pastas do governo. Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi
Hoffmann (Casa Civil), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Aguinaldo
Ribeiro (Cidades) e Marcelo Crivella (Pesca) devem disputar o
governo de seus Estados. Outros como Pepe Vargas (Desenvolvimento
Agrário) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) tentarão vagas na
Câmara.
Os substitutos, que assumirão cientes
de que terão de entregar os cargos após a eleição, estão sendo discutidos em
reuniões de Dilma com aliados. O PROS, dos irmãos Ciro e Cid Gomes, se articula
para assumir uma pasta, contrapartida pelo ingresso na base. Integração
Nacional e Portos são opções da sigla, que oferece palanque no Nordeste, região
de influência do presidenciável Eduardo Campos (PSB).
O PMDB, do vice-presidente Michel
Temer, precisará fazer mudanças em dois dos cinco ministérios que comanda –
Agricultura e Turismo. O deputado gaúcho Eliseu Padilha foi sondado, mas
assegura que prefere atuar na articulação da campanha presidencial.
Nas pastas lideradas pelo PT, a
tendência é efetivar integrantes das atuais equipes, com exceção da Casa Civil,
provável destino de Aloizio Mercadante (Educação). A medida evita
abafar realizações dos titulares, como o Mais Médicos, principal marca de
Padilha.
Promover a ministro os
secretários-executivos, aliás, tem sido rotina em anos de disputa presidencial.
Segundo o sociólogo Felix Lopez, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), Fernando Henrique e Lula adotaram a mesma estratégia.
— O espaço é curto para mudanças, e a
substituição não altera as políticas em curso, algo positivo — observa.
O aumento do espaço para ministros de
perfil técnico facilita a fiscalização da Presidência sobre projetos
prioritários. Mas, para Lopez, é arriscado não ter figuras com peso político:
— Ministros políticos são essenciais
na aprovação de medidas pró-governo no Congresso. A governabilidade exige
mesclar política e técnica.
Fonte: Site A Notícia 11/01/2014
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