Uma
vez havia um senhor conceituado na comunidade, que convidaram para ele ser
candidato a vereador por um partido na cidade.
Ele
como era muito conhecido, pois trabalhava no serviço público, aceitou o
desafio.
No
período de fazer campanha, o senhor foi visitar seus amigos e conhecidos pedir
voto. Depois de uma conversa rápida com o dono da casa, que na época era quem
decidia em quem a família toda votava, o senhor falava:
- Fulano, você vota em mim?
O
homem respondia:
- Sim eu voto.
O
senhor então perguntava quantos votos havia na casa dele, e marcava numa
caderneta, espécie de caderninho usado na época, na qual ele fazia suas
anotações. Depois de certo tempo, ele contou quantos votos havia marcado na
caderneta e percebeu que tinha o suficiente para se eleger.
No
dia seguinte o senhor não foi mais fazer visitas, porque acreditava que não
precisava, pois “já tinha” votos para vencer. Ele morava próximo a estrada
geral, na qual muitos eleitores passavam enfrente a sua casa.
Durante
o dia o senhor ficava na varanda da casa de frente para a estrada. Como era
bastante conhecido, as pessoas paravam para falar com ele, e diziam que
gostariam de votar nele por ser um bom cidadão.
O
senhor então respondia:
- Não precisa votar em mim, pois já tenho
voto suficiente para me eleger. Vota no meu compadre, pois ele precisa mais do
que eu. Já estou eleito!
Os
eleitores então fizeram o que o amigo havia pedido. No dia da eleição, o senhor
acreditando que já estava eleito, ficou em casa esperando o resultado da sua
vitória.
Depois
do somatório da votação, o senhor ficou sabendo que havia recebido apenas 19
votos, e que nem a sua mulher tinha votado nele, enquanto seu compadre foi
eleito.
Furioso,
foi tirar satisfação com sua mulher porque não havia votado nele. Ela, porém,
respondeu que votou no compadre porque ele havia dito que já estava eleito, e
que não precisava votar nele. Depois disso, o senhor jogou sua caderneta fora e
nunca mais disputou nenhuma eleição.
Fonte: Firmino José Franzoi
Pesquisador: Ivã Alessandro Franzoi
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