Petista e tucano são os primeiro da
fila na concorrência contra a reeleição de Colombo.
Dois nomes que estão em polos opostos,
conforme aparece no plano nacional com Dilma Rousseff e Aécio Neves, são
os principais interessados em concorrer com o atual governador Raimundo Colombo
(PSD) pela cadeira no Centro Administrativo do Estado. O ex-deputado federal
Cláudio Vignatti, do PT, e o senador Paulo Bauer, do PSDB são os primeiros da
fila de opositores do governador.
Ambos trabalharam em 2013 para colocar
seus nomes em evidência no cenário político e serem os primeiros da lista de
possíveis candidatos em seus partidos. Com certas turbulências, foram eleitos
presidentes de suas legendas em Santa Catarina. E as semelhanças param
por aí.
Paulo Bauer foi eleito em julho, após
construir um consenso dentro do partido. Sua candidatura passou por embates
públicos com o deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) que abriu mão de
concorrer à presidência da legenda sob o compromisso de que Bauer fosse
candidato ao governo.
Hoje, Bauer afirma que a cabeça de
chapa do PSDB é certeza e Marcos Vieira diz que não há plano B, que só um fato
extraordinário mudaria a condição. Mas há desconfiança no meio político de que
o senador possa abrir mão da cabeça de chapa para garantir uma composição mais
forte para Aécio Neves.
Já Vignatti foi eleito em votação
de todos os filiados do PT no Estado e ganhou a disputa que tinha como
principal adversário o prefeito de Brusque, Paulo Eccel. Acabou eleito pelas
bases por causa da desconfiança de que outro encaminhamento poderia levar o
partido a se aliar a Colombo. Mas recebeu críticas dos outros candidatos por,
supostamente, estar mais preocupado com seu projeto pessoal do que com os
objetivos do PT nacional, escalão do partido em que a ideia de um palanque com
o governador seria vista com bons olhos.
Cláudio Vignatti: “O meu nome está à
disposição para o debate”
DC – Como estão os trabalhos para
construir uma candidatura do PT ao governo do Estado?
Cláudio Vignatti – Primeiro, o PT não
definiu ainda quem é o candidato. O partido está abrindo o debate e
encaminhando para que cada município construa suas propostas para um projeto de
governo para Santa Catarina e sugira candidatos. Temos tempo para isso. Vamos
começar o planejamento para até o final de março batermos o martelo.
DC – O senhor trabalhou para que o PT
caminhasse na direção de uma candidatura própria. Agora trabalha para firmar
seu nome como primeira opção?
Vignatti – Meu nome está à disposição.
Claro que se fortaleceu com a eleição interna do PT (que o elegeu presidente do
partido). É um pouco natural. Mas isso é uma definição que o partido vai tomar.
Os quatro nomes colocados são o meu, o da ministra Ideli (Salvatti), o (José)
Fritch e o Décio Lima. Esse é um processo de maturidade interna, não
podemos atropelá-lo.
DC – O PT participou com candidato
próprio nas últimas quatro eleições, mas não passou do terceiro lugar. O
partido tem mais chances agora?
Vignatti – Uma eleição é totalmente
diferente da outra. Era muito difícil imaginar que a gente poderia ganhar
concorrendo contra a reeleição do Luiz Henrique. E acho que na vez passada nós
erramos na estratégia. Se tivéssemos montado uma aliança com o PP, já que o
PMDB tinha definido apoiar Colombo, teríamos ganhado o governo do Estado de
Santa Catarina. Poderíamos até ter ganhado no primeiro turno.
Paulo Bauer: “Chegou a vez do PSDB ter
um projeto próprio”
DC – Como está o trabalho de
encaminhar o projeto do PSDB?
Paulo Bauer – Fizemos reuniões no
final do ano passado em quase todas as 36 regiões do Estado. O sentimento que
eu recolhi de todos os companheiros e de todas as lideranças é de disposição
para que o PSDB tenha um projeto próprio e inovador para Santa Catarina. Depois
de quatro mandatos como partido de apoio, acho que chegou a vez do PSDB
apresentar seu projeto próprio. E isso combina com nosso projeto nacional.
DC – O projeto nacional apoia um
candidato próprio no Estado?
Bauer – Totalmente. Nosso presidente
Aécio Neves já disse isso e reiteirou quando esteve aqui, em dezembro, que o
partido vai ter candidato em Santa Catarina. Nem poderia ser diferente porque
dentre os candidatos (hoje postos), sabemos que nenhum dos demais tem posição
favorável ao projeto do partido a nível nacional. Ou vai de Lula, aliás, vai de
Dilma, ou Eduardo Campos. Mas de Aécio quem apoia é o PSDB.
DC – O senhor acha que a candidatura
do PSDB tem chances?
Bauer – Fomos muito bem nas eleições
até aqui. O partido cresceu em número de votos. E, por isso, acho que agora o
partido se sente com coragem, energia e, principalmente, experiência para uma
disputa majoritária.
DC – Mas o senhor trocaria a cabeça de
chapa por um palanque mais forte, como vice de Colombo, por exemplo?
Bauer – Acho que não há mais espaço
para esse fato. O PSDB está animado e já está trabalhando na construção da
campanha.
Fonte: Site A Notícia 28/01/2014
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