No dia 22 de fevereiro, ocorre
encontro regional no Estado para debater o programa de governo do PSB-Rede.
Provável candidato à Presidência da
República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou que não
fará veto a alianças por ideologia.
Após encontro com Marina Silva, em
Recife, na sexta-feira, ele disse que poderá se aliar a qualquer partido que
concorde com o programa da dobradinha PSB-Rede.
— Aqueles que quiserem se somar a essas
diretrizes, a esse conteúdo, serão bem-vindos — anunciou Campos.
A prévia do plano de governo foi
lançada na terça-feira, dia 4, em Brasília. O documento traz orientações
genéricas sobre grandes temas do País e procura abarcar o discurso de
sustentabilidade da ex-ministra do Meio Ambiente.
Na parte política, porém, a parceria
PSB-Rede vive um momento de tensão. Os aliados de Marina resistem à aproximação
do partido do governador pernambucano em dois Estados: São Paulo, onde o PSB é
muito próximo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e Minas Gerais, terra do
também presidenciável Aécio Neves (PSDB) e onde os correligionários de Campos
costumam se aliar aos tucanos.
Campos falou à imprensa na porta de
casa, no bairro de Dois Irmãos, ao lado de Marina, que fez uma visita à
primeira-dama do Estado, Renata, e à família depois da chegada de Miguel,
quinto filho do governador. Marina afirmou que "nenhuma aliança está
consolidada".
— Os contatos que estão sendo feitos
são os que vinham sendo feitos pelo PSB e o esforço que estamos fazendo é que
este programa tenha uma base de sustentação coerente com este programa. Este é
o esforço do governador, é o esforço da Rede e, como disse o governador, não
vamos fazer nada que se sobreponha a este conteúdo, a este processo de inovação
na política brasileira — declarou Marina.
A Rede de Marina teve o registro
rejeitado no ano passado porque não conseguiu o número de assinaturas
necessárias para a sua criação. Para poder disputar a eleição, Marina e seu
grupo se filiaram ao PSB de Campos.
Indagado se a abertura para alianças
partidárias não é característica da "velha política", indo de
encontro à "nova política" que prega, Campos afirmou que hoje os
partidos se unem "em torno dos seus interesses, só para ter as coisas",
enquanto suas alianças serão feitas "em torno de uma pauta do povo".
— A nova política estamos fazendo.
Fizemos a primeira união de partidos políticos em torno de um programa e
apresentamos as diretrizes deste programa para a sociedade. Fizemos um governo
de mudança, reconhecido por 86% da população porque fizemos aliança em torno de
programa de mudança efetiva, de respeito à cidadania, com participação da
população nas decisões no controle social, que aposta na transparência — disse
o governador pernambucano.
Ainda segundo Campos, seu candidato a
vice será anunciado "quando chegar a hora, no tempo certo".
A ex-ministra do Meio Ambiente é
cotada para assumir o posto.
—
Os Estados já começam a discutir as diretrizes do programa para preparar um
debate consistente em cada um deles e nós vamos dar o passo seguinte de forma
combinada, no tempo certo — explicou Campos.
No dia 22 de fevereiro, haverá o
primeiro encontro regional, no Rio Grande do Sul.
Fonte: Site A Notícia 08/02/2014
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