A Comissão Política Nacional do PCB,
reunida nesta data, conforme decisão do Comitê Central, submete à apreciação da
militância do Partido,
de seus amigos e aliados, a proposta de lançamento da
pré-candidatura do camarada Mauro Iasi à Presidência da
República, levando em conta as seguintes razões principais:
A necessidade de fazermos um
contraponto à escancarada antecipação da campanha eleitoral de 2014, um teatro
de mau gosto em que predominam falsas divergências entre políticos e partidos
burgueses, negociatas, barganhas e toda sorte de cenas da mesma novela bianual
da disputa por espaços na máquina estatal;
O desinteresse dos partidos com os
quais compartilhamos a oposição de esquerda em construir uma frente permanente
programática, para a unidade na luta para além das eleições e dos partidos com
registro. Desde 2006, o PCB insiste nesta proposta, recusando-se a formar
coligações efêmeras, engendradas às vésperas das eleições e apenas em função
delas;
A necessidade de apresentarmos um
programa político que denuncie a opressão e a violência do capitalismo e
contribua com a construção do Poder Popular, dialogando com todos e todas cujas
vozes se levantam nas ruas, respeitando suas formas de luta e sua recusa em
participar do jogo institucional burguês;
O fato de a pré-candidatura de Mauro
Iasi vir brotando da militância e de simpatizantes do PCB, inclusive angariando
a simpatia de outros setores progressistas e de esquerda, desencantados com a
postura eleitoreira de partidos e movimentos, parlamentares e candidatos de
plantão.
Assim sendo, a CPN, ouvido o Comitê
Central, resolve iniciar um processo de discussão no interior do Partido a
respeito desta proposta, recomendando que os Congressos Regionais do PCB, que
se realizarão no próximo mês de novembro em todo o país, nos marcos do XV
Congresso Nacional do PCB, repercutam esta proposta, sem perder a centralidade
dos debates no temário principal do Congresso.
O lançamento da pré-candidatura
própria do PCB não é um expediente para barganhar com os partidos da oposição
de esquerda, com os quais queremos construir uma frente de unidade na luta
cotidiana, a partir das bases. Nos Estados em que essa unidade já se
desenvolve, devemos estimular a possibilidade de alianças nas eleições
regionais.
Nos dias 7 e 8 de dezembro próximo,
mais uma vez o Comitê Central estará reunido e dedicará um espaço em sua
agenda, voltada para o XV Congresso e outros temas, para conhecer a repercussão
da proposta nas bases e, se for o caso, dar outros passos no sentido da
pré-candidatura do camarada Mauro Iasi.
Comissão
Política Nacional do PCB
Fonte: Site pcb.org.br pesquisado em
24/02/2014
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