O senador Magno Malta (PR-ES) entregou
nesta terça-feira, 18, uma carta ao presidente do PR, senador Alfredo
Nascimento (AM),
pedindo para ser candidato à Presidência da República em
outubro pelo partido. Num ato realizado no gabinete da liderança da legenda no
Senado, com a presença de senadores e correligionários, ele se colocou à
disposição do PR para concorrer ao Palácio do Planalto.
No rápido discurso, Malta empunhou a
bandeira da melhoria da segurança pública, com especial enfoque na PEC 300
(proposta que estabelece um piso salarial nacional para policiais), na redução
da maioridade penal e na adoção da prisão perpétua para condenados a crimes
como pedofilia, narcotráfico e corrupção. Na carta entregue ao presidente do
PR, ele disse que quer promover um grande debate público sobre as principais
questões que "inflamam a crescente onda de violência urbana".
"Presidente da República deve
agir com o coração de mãe, quando tem dois filhos e apenas um cobertor, com
carinho, divide com os dois para que não sofram com o frio", escreveu o
parlamentar capixaba, que também fez o anúncio de que pretende rodar o Brasil
para tentar viabilizar sua candidatura. Evangélico, ele disse que recebeu
"uma palavra" de um apóstolo conhecido para que ele postulasse o
cargo em outubro.
O senador do PR negou ter a intenção
de causar constrangimento ao partido, que faz parte da base aliada da
presidente Dilma Rousseff e tende a apoiar a reeleição dela. "Não há
demérito participar da base. Demérito é ser subserviente. E isso não sou"
afirmou ele, no ato acompanhado pela mulher, a deputada e cantora gospel
Lauriete (PSC-ES) e de aliados políticos.
Ao receber a carta, Alfredo Nascimento
disse ter sido surpreendido com o pedido de Malta. O presidente do PR disse que
embora o parlamentar capixaba se enquadre nas condições necessárias para
concorrer ao Planalto, a eventual candidatura própria ou a aliança política só
será definida pela Executiva Nacional do partido em abril ou maio. "Este
não é um assunto que tem que ser decidido agora", afirmou Nascimento. Ele
fez questão de ressaltar que a iniciativa de Malta é pessoal e reconheceu que a
aliança com Dilma em outubro é mais provável.
Atualmente, a legenda comanda o
Ministério dos Transportes. Em 2010, o PR formou a chapa do candidato derrotado
ao Planalto, o ex-governador José Serra. "(A aliança com Dilma) tem um
passo à frente, mas não quer dizer que é isso", afirmou Nascimento. Mesmo
no mais provável cenário de não concorrer ao Planalto, Magno Malta não ficará
sem mandato. Ele ficará no Senado até janeiro de 2019.
Fonte: Site http://www.jornaltudobh.com.br/
18/02/2014
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