Garantias serão exigidas como
contraponto à participação do PP na chapa.
Mais
do que o desconforto de conviver com velhos adversários no palanque, o PMDB vai
cobrar do governador Raimundo Colombo (PSD) sinalizações para o futuro.
Presidente estadual da sigla e vice-governador, Eduardo Pinho Moreira antecipou
que no encontro marcado para 19 de maio os peemedebistas vão pedir garantias de
apoio nas eleições de 2016 e 2018.
A reunião foi anunciada na tarde de
segunda-feira, após o encontro de Colombo com o senador Luiz Henrique (PMDB), o
ex-senador Jorge Bornhausen e o próprio Pinho Moreira, que chegou depois à Casa
d’Agronômica. O governador pretende procurar os partidos que o apoiam para
eliminar resistências à ampla aliança – especialmente a participação do PP na
chapa com a candidatura ao Senado de Joares Ponticelli.
— O que é que cabe ao PMDB no futuro?
Apenas votar nos momentos em que é necessário. Qual o compromisso? Tudo isso
tem de ser clareado e questionado. O que eu acho é que o PMDB deve ter o
compromisso do PSD para 2018 — disse Pinho Moreira em referência ao apoio a uma
candidatura do PMDB ao governo.
O vice-governador destacou ainda que o
partido não pode pensar apenas no momento, mas também no futuro da legenda e
que, por isso, as “regras tem de ficar mais claras”, Em outro ponto da
conversa, lembrou que a política estadual não se resume às eleições ao governo.
— Esse foi um tema discutido ontem. O
senador Luiz Henrique destacou isso. A animosidade interna do PSD e do PMDB nos
municípios tem de ter um grupo que trate disso — disse.
Pinho Moreira deu como exemplo o
município de Gaspar. Lá o PMDB disputou com o PT, enquanto o PSD lançou uma
terceira candidatura. O peemedebista Kleber Wan-Dall fez 15,2 mil votos, o
petista Celso Zuchi, eleito, pouco mais de 16,2 mil, e a pessedista Tereza da
Trindade alcançou 1,4 mil.
— Se tivesse coligado, teríamos
ganhado — disse, relatando achar necessário que as coligações para 2016 sejam
com maior harmonia.
Na segunda-feira, Colombo afirmou que
não houve veto de Luiz Henrique à participação do PP na chapa, apenas um relato
sobre as dificuldades internas para a composição entre os peemedebistas. Pinho
Moreira também baixou o tom sobre a restrição ao velho rival.
— É um momento de tensão, em que as
opiniões são diferentes, o que é normal na política. A pré-convenção foi uma
etapa, agora, em cima dessa decisão, começa a outra, que é saber se aceitamos a
entrada do PP na chapa.
Fonte:
Site A Notícia 14/05/2014
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