O Partido Socialista Brasileiro (PSB)
oficializou neste sábado (28), durante convenção nacional, em Brasília, a
candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à
Presidência da República na eleição deste ano.
A legenda também chancelou a
indicação da ex-senadora Marina Silva (AC) para a vaga de vice na chapa.
O evento partidário ocorreu a dois
dias da data-limite para a realização das convenções que irão confirmar os
candidatos para a disputa eleitoral de outubro. No mesmo ato que lançou a
candidatura de Campos, também foi confirmada a coligação "Unidos pelo
Brasil", aliança entre PSB, PPS, PPL, PRP e PHS.
Em uma votação simbólica, os delegados
da coligação de apoio à chapa formada por Campos e Marina ergueram as mãos para
confirmar a aprovação da aliança.
Em discurso antes da oficialização das
candidaturas do PSB, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP),
afirmou que é preciso superar “o processo de degradação política” do Brasil.
Segundo ele, a política nacional atualmente se baseia no “fisiologismo” e no
gasto excessivo.
“Nós estamos assistindo a uma
verdadeira salada de partidos se juntando, e o governo com fisiologismo,
clientelismo, seus 39 ministérios se ajustando para ter tempo de televisão e
não para um projeto para o Brasil”, criticou o dirigente da sigla
oposicionista.
Freire disse ainda que o PPS está se
unindo ao PSB por acreditar que Eduardo Campos “representa uma agenda de
desenvolvimento” para o país. Para ele, o governo da presidente Dilma Rousseff
promoveu ações “populistas”, que visavam resultados imediatos. “[Foram feitas]
erradas escolhas para um populismo fácil, desconsiderando as futuras gerações,
cuidando apenas dos seus quatro ou oito anos de governo”, criticou.
Rede
Sustentabilidade:
Apesar de ainda não terem obtido
registro junto à Justiça Eleitoral, os integrantes da Rede Sustentabilidade,
legenda criada por Marina Silva, participaram da convenção como
observadores. Por meio de um acordo com a cúpula do PSB, os aliados da
ex-ministra do Meio Ambiente receberam guarida no partido até a Rede
regularizar sua situação jurídica.
O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) negou no ano passado o registro à Rede porque a legenda não
comprovou apoio mínimo. A aliança com o PSB, anunciada poucos dias depois de a
Corte eleitoral barrar o partido de Marina, assegurou que a ex-senadora e
outros integrantes da Rede obtivessem condições de se candidatar nas eleições
de 2014.
Nos últimos meses, durante o processo
de construção dos palanques regionais, PSB e Rede manifestaram divergência em
relação a alianças estaduais, sobretudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e
Minas Gerais. Recentemente Marina criticou a decisão do PSB de apoiar a
candidatura à reeleição da governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB). Em nota, ela afirmou considerar “equívoco” a união do PSB
com Alckmin.
Na última quinta-feira (26), a
executiva da Rede Sustentabilidade divulgou nota oficial para negar
problemas com o PSB. No comunicado, a legenda de Marina citou “noticiário
recente que trata de supostas dificuldades no relacionamento” entre as duas
siglas. Segundo a Rede, há união com o partido de Eduardo Campos em relação à
disputa pela Presidência.
De acordo com Pedro Ivo Batista, um
dos idealizadores da Rede e membro da coordenação da campanha presidencial de
Eduardo Campos, as decisões da convenção deste sábado foram discutidas entre o
grupo de Marina, PPS e PSB.
“Houve um debate político conjunto
sobre programa, condições políticas, tudo em alto nível”, disse Batista.
Fonte: Site O Globo 28/06/2014
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