O PCO (Partido da Causa Operária)
oficializou na tarde desta segunda-feira (30) a candidatura do jornalista Rui
Costa Pimenta à Presidência da República nas eleições deste ano. Será a
quarta eleição consecutiva para presidente que o candidato disputará.
Em 2010, Pimenta obteve 12.206 votos,
segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele diz não acreditar que possa
vencer a eleição e afirma que o objetivo da candidatura é divulgar o programa
do partido, criado em 1996 a partir de uma dissidência do PT.
“Dizer que nós vamos ganhar as
eleições seria semear uma ilusão absurda. Nós concorremos no sentido de
defender um programa que não é meramente eleitoral, mas que serve a população
em todas as situações. Para nós, as eleições são uma tribuna política para
divulgar e incentivar a defesa do programa, além de atrair novos partidários”,
afirmou Pimenta.
Segundo ele, o programa tem como
objetivo alterar o atual sistema político e transformá-lo em um governo dos
trabalhadores. “Nosso programa tem como aspecto central não apresentar soluções
ilusórias”, disse o candidato. Para conseguir essa transformação, o partido
defende uma Assembleia Nacional Constituinte que aborde todos os problemas do país,
e não fique restrita somente aos aspectos jurídico e político.
Entre as principais propostas do PCO,
estão fim do capitalismo, com implantação do socialismo; reforma agrária que
acabe com o latifúndio; fim das privatizações e estatização dos principais
meios de produção; estatização de toda a rede de saúde e educação; reforma
geral no modelo político; reposição integral das perdas salariais; salário
mínimo de R$ 3,5 mil; jornada de no máximo 35 horas de trabalho semanais;
quebra do monopólio das grandes redes de comunicação: e extinção da Polícia
Militar.
Para Rui Pimenta, a desmilitarização
da PM defendida por alguns setores não seria suficiente. Segundo ele, é
necessário extinguir a corporação e criar milícias populares.
“Nós só consideramos que você pode ter
uma segurança efetiva da população se a Força de Segurança estivesse sob o
controle da população. Deveria haver uma milícia popular que se apoiasse nas
comunidades, que fosse controlada e tivesse a participação das comunidades, em
vez de uma força de repressão profissional”, afirmou
Candidaturas: Rui Costa Pimenta
atribui o seu “quase anonimato” ao "monopólio da imprensa", que,
segundo ele, impede a manifestação de outras correntes políticas, além da
escassez de recursos do partido.
Como candidato a vice-presidente, o
PCO indicou o bancário Ricardo Machado. O partido terá cerca de cem candidatos
na eleição proporcional (deputados) em 18 estados e a cargos majoritários em
cinco estados.
Em São Paulo, Raimundo de Jesus, que
integra o movimento por moradia Unifag (União das Favelas do Grajaú),
concorrerá ao governo do estado. O administrador Juraci Garcia será o vice. A
professora Lilian Miranda concorrerá a uma vaga no Senado Federal.
Pimenta e o PCO: Nascido em junho de
1957, Rui Costa Pimenta é o presidente do PCO. Formado em jornalismo pela
Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, de São Paulo, começou em 1984 a
trabalhar como jornalista sindical. Atualmente é o editor-responsável do jornal
"Causa Operária".
No final de 1979 participou do processo
de fundação do PT e em 1985 foi eleito diretor da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) da Grande São Paulo.
Em 1989, a tendência interna Causa
Operária se opôs à decisão da direção do PT de lançar o então senador José
Paulo Bisol (PMDB) como vice na chapa presidencial encabeçada por Luiz Inácio
Lula da Silva (PT).
Depois da eleição, a tendência foi
expulsa do PT e, em 1996, o PCO obteve o registro definitivo na Justiça
Eleitoral.
Fonte:
site globo.com 01/07/2014
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