Ao encaminhar seus pedidos de registro
à Justiça Eleitoral, os candidatos precisam entregar também os planos de
governo para Santa Catarina.
Confira as principais ideias e promessas dos
cinco postulantes das siglas de menor porte no Estado:
::: Afrânio Boppré (PSOL)
O plano tem oito páginas e inicia
falando que as manifestações de junho do ano passado mostraram que a sociedade
brasileira quer mudanças. O programa do PSOL se apresenta como uma alternativa
de esquerda ao eleitor catarinense e é divido em três eixos: 1) Política
Econômica e Modelo de Desenvolvimento; 2) Sistema Político e Democracia; 3)
Mais e Melhores Direitos.
Uma das primeiras propostas
apresentadas é a criação da Secretaria das Cidades e o fim das secretarias de
desenvolvimento regional. O plano fala também em "ampliar
radicalmente" os investimentos em saúde e educação e reassumir a
administração de hospitais que hoje estão sob gestão de organizações sociais
(OSs).
Na educação, uma das promessas é
adotar eleição direta para diretores das escolas públicas. O PSOL fala ainda em
apoiar as prefeituras para a implantação de tarifa zero no transporte público e
criar um sistema estadual de ferrovias.
::: Elpídio Neves (PRP)
O programa possui 23 páginas e é
intitulado "44 razões para votar no PRP", em referência o número do
partido. Os 44 itens elencados tratam de temas variados como saúde, educação,
segurança, turismo, cultura, habitação e meio ambiente.
Os assuntos que ganharam mais espaço
na descrição do plano foram educação, segurança e estrutura da máquina
administrativa do Estado. Para o ensino público, entre as propostas da sigla
estão a implantação de escolas em tempo integral, o sistema de eleição direta
para diretores das instituições e a realização de concurso público para
professores.
Na segurança, o PRP promete qualificar
os policiais com mais tecnologia, expandir o número de câmeras de monitoramento
e adotar o projeto "Lugar de Polícia é nas Ruas", incentivando o
policiamento ostensivo. No item que fala da estrutura do Estado, a sigla
promete uma reforma administrativa e a indicação de técnicos em vez de políticos
para os cargos de confiança.
::: Gilmar Salgado (PSTU)
Entre os planos apresentados pelos
oito candidatos ao governo de Santa Catarina o PSTU tem o mais curto, com uma
página. Em 11 itens, o partido lista quais são suas prioridades.
O programa defende o aumento de
salário dos trabalhadores e a redução da carga horária semanal de trabalho para
36 horas. O PSTU se posiciona contrário às privatizações e favorável à
estatização de grandes empresas (sem citar nenhuma no texto).
O plano fala ainda em não pagar a
dívida pública para realocar recursos para investimentos em saúde e educação.
Entre as propostas estão ainda a implantação de passe livre no transporte
público e desmilitarização da polícia. O plano defende também a revogação de
mandatos, prisão e confisco de bens de "corruptos e corruptores".
::: Janaina Deitos (PPL)
O plano possui seis páginas e está
dividido também em seis tópicos. Na introdução, inicia criticando o fato da
União concentrar a maior parte dos recursos públicos enquanto Estado e
municípios têm mais responsabilidades na entrega de serviços e, por essa razão,
defende um "novo federalismo".
O programa fala em uma "economia
para o desenvolvimento", prometendo valorizar mais as pequenas e médias
empresas. Para o meio rural, o PPL fala que é necessário incorporar novas
tecnologias na agropecuária para aumentar a produtividade sem aumentar a área
de cultivo e criação.
O partido enfatiza também que pretende
investir em infraestrutura e logística e defende uma restruturação do turismo
no Estado. Para a educação, as promessas são de formação continuada dos
professores e adoção de plano de carreira. A sigla fala ainda em
"enfrentar o desafio da mobilidade urbana".
::: Marlene Soccas (PCB)
O plano pecebista possui 19 páginas e
utiliza a maior parte para fazer críticas ao sistema capitalista e ao governo
federal, administrado pelo PT. O partido cita as manifestações de junho do ano
passado, afirmando que a população está insatisfeita, e se coloca como uma
alternativa de governo socialista.
O programa está divido em cinco eixos.
Entre as principais propostas, o PCB promete realizar reforma agrária e
transformar o solo e subsolo em “meios sociais de produção” por meio de
expropriações. O plano fala também em estatização do sistema Acafe (que reúne
diversas universidades de Santa Catarina) e em “reversão de privatizações”.
Por último, o texto elenca “21 pontos
para uma alternativa socialista para o Brasil”, em referência ano número de
partido.
Fonte: Site A Notícia 14/07/2014
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