É apenas uma estimativa, mas em um
quesito as candidaturas de Paulo Bauer (PSDB) e Raimundo
Colombo (PSD) saíram na frente na disputa pelo governo do Estado.
Ambos
declararam R$ 30 milhões como teto de gastos para a campanha eleitoral, três
vezes mais do que os R$ 10 milhões apontados pela candidatura de Claudio
Vignatti (PT).
Os valores também superam a
previsão da eleição passada. Em 2010, os candidatos ao governo catarinense
estimaram gastos de R$ 38,6 milhões — menos da metade dos mais
de R$ 84,5 milhões declarados pelas oito chapas que disputam o cargo
este ano. Os candidatos tiveram as chapas registradas no sábado, durante o
plantão da Justiça Eleitoral para recebimento das inscrições.
Além do trio protagonista, apenas a
candidatura de Elpídio Neves (PRP) superou a casa do milhão ao apontar o teto
de gastos de R$ 12 milhões. Afrânio Boppré, do PSOL, declarou R$ 500 mil. O
valor apontado à Justiça Eleitoral serve de limite máximo para os gastos na
campanha e costuma ser superestimado pelos partidos porque não é possível
ampliá-lo — mesmo em caso de segundo turno.
Corrida ao Senado: Os candidatos ao
Senado também registraram suas candidaturas no sábado. Entre eles, Paulo
Bornhausen (PSB) é o que pediu mais limite para despesas: R$ 15 milhões. Dário
Berger (PMDB) e Milton Silva (PRP) declararam R$ 8 milhões como teto, enquanto
Milton Mendes (PT) apontou R$ 7 milhões. Amauri Soares, do PSOL, declarou R$
500 mil. Os números mostram uma espécie de inflação na expectativa de gastos desde
a última eleição estadual.
Em 2010, Colombo liderava a estimativa
com R$ 20 milhões, contra R$ 11 milhões de Angela Amin (PP) e R$ 5 milhões
de Ideli Salvatti (PT). Na corrida para o Senado, os eleitos Luiz Henrique da
Silveira (PMDB) e Paulo Bauer previram R$ 8 milhões cada, contra R$ 4 milhões
de Vignatti. Ao final das campanhas, as despesas ficaram longe dos tetos —
Ideli foi a mais próxima do limite, gastando R$ 3,5 milhões.
Candidatos ao governo fizeram registro
no sábado: No sábado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) recebeu a maior
parte dos pedidos de registro de candidatura, o que gerou filas no plantão
realizado pela instituição. Nem todas as chapas conseguiram ser atendidas até o
horário previsto, 19h, e tiveram que aguardar após receberem senhas. Na fila
ficaram duas candidaturas ao governo: a de Bauer e a de Janaína Deitos (PPL).
Em chapa pura, os petistas fizeram o
registro de Vignatti logo no começo do plantão da Justiça Eleitoral, às 14h de
sábado. Completam a chapa Thiago Morastoni (vice-governador), Milton Mendes
(senador), Ricardo Baratieri e Liliane Zuchi (suplentes de senador) —
todos do PT. O partido inscreveu 11 candidatos a deputado federal e 33
candidatos a estadual.
Por volta das 15h, foi a vez da
coligação de Colombo, candidato à reeleição. A chapa conta com o
vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB), também candidato à reeleição, e
com Dário Berger (PMDB) na disputa ao Senado. A aliança “Santa Catarina em
primeiro lugar” conta com 12 partidos (PMDB, PSD, PR, DEM, PTB, PROS, PDT,
PCdoB, PSC, PV, PRB e PSDC). Todos estarão coligados para a disputa de deputado
federal, com cerca de 40 nomes.
Para deputado estadual devem ser 170
inscritos, em quatro subcoligações. Registrada na última hora, a chapa
"Muda Brasil, Muda Santa Catarina" de Bauer tem Joares
Ponticelli candidato a vice-governador e Bornhausen ao Senado. A coligação
conta com 12 partidos (PSDB, PP, PSB, SD, PPS, PTdoB, PTC, PTN, PEN, PSL, PRTB,
PHS). Serão 40 candidatos a deputado federal em duas coligações e 149 a
estadual em três composições.
Fonte: Site A Notícia 06/07/2014
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