A infância e adolescência
de Paulo Bauer foram permeadas pelo contato diário com a política
através da atuação do pai, Victor Bauer, que foi vereador e prefeito de Jaraguá
do Sul, no Norte catarinense.
Aos 57 anos, 30 após ser eleito para o primeiro
cargo, ele próprio acumula mandatos de deputado federal, deputado estadual,
vice-governador e senador. Candidato a governador de Santa Catarina
pelo PSDB em 2014, Bauer é formado em administração de empresas e
ciência contábeis e entre suas principais propostas estão mudanças na gestão
pública, como a diminuição de cargos políticos, que pretende reduzir em 50%.
Entre os dias 18 e 27 de agosto, o G1
publica os perfis dos candidatos ao Governo de Santa Catarina. A ordem de
publicação foi definida por sorteio na RBS TV, com participação de
representantes dos partidos. Além disso, todos os candidatos responderam as
mesmas perguntas.
Casado pela segunda vez e pai de cinco
filhos, três do primeiro casamento e dois do segundo, ele afirma que a família
apoia e participa de sua vida política. “Todos gostam do que eu faço. Todos se
orgulham muito, inclusive minha mulher gosta muito de política e me acompanha.
Meu pai faleceu no ano passado, era meu grande conselheiro, mesmo já não
exercendo mandatos”, disse.
Ele nasceu em Blumenau, no Vale do
Itajaí, mas cresceu em Jaraguá do Sul, onde conta que começou a trabalhar aos
14 anos na empresa do pai, uma fábrica de chapeús e bolsas de praia. “Fiz de
tudo. Trabalho em máquinas de costura, auxiliar de vendas, auxiliar de
escritório, gerente de recursos humanos. Depois, na mesma época, ainda cursei
técnico em contabilidade à noite”, lembra.
Se mudou para Joinville pouco antes de
completar 18 anos, quando passou no primeiro vestibular, para ciências contábeis.
Estudava à noite e durante o dia trabalhava em uma empresa da cidade. “O
primeiro emprego foi em uma empresa que já não existe mais, como auxiliar de
tesouraria e como auxiliar de vendas de pneus. Dentro da mesma empresa, fui
auxiliar de vendas de títulos de capital e nesta empresa fui também contador e
finalmente gerente”, conta ele.
Já na universidade, o engajamento
político foi através do Diretório Central dos Estudantes (DCE), para o qual foi
eleito presidente. “Terminei a primeira faculdade e comecei a segunda, de
administração. E na universidade fui eleito por mais um mandato no DCE”, disse
Bauer, que também chegou a atuar como professor universitário de matemática
financeira e assumiu a presidência do movimento jovem do então partido Arena,
em Joinville.
“Daí para frente, um ano depois dessa
presidência, Jorge Bornhausen me conhecia do movimento estudantil e me convidou
para ser vice-presidente estatal da Eletrificação Rural de Santa Catarina,
conhecida como Erusc. Na metade do governo, passei a ser presidente desta
empresa e no governo de Esperidião Amin, até 1986”, disse ele, que no mesmo ano
foi eleito deputado estadual, com 27 anos. Os mandatos seguintes foram como
deputado federal e de 1999 a 2002 como vice-governador.
Após o mandato de vice-governador, foi
eleito novamente ao cargo de deputado federal e na eleição de 2010, foi um dos
senadores eleitos por Santa Catarina. No período, também exerceu o cargo de
secretário de Estado da Educação.
Qual considera a maior potencialidade
do estado?
A qualidade da mão-de-obra, os valores
culturais – religião, honestidade como modo de vida, amor ao trabalho, fé –
atividade religiosa, solidariedade, capacidade de vencer e superar
dificuldades. O Vale do Itajaí sofre cheias, o frio intenso na Serra e a população
tem capacidade de ser vitoriosa.
Qual considera o maior problema do
estado?
A gestão pública que é muito
conservadora, muito burocrática e lenta. Eu proponho uma reforma na gestão
pública, tornando a estrutura mais dinâmica pela via da extinção de 50% dos
cargos políticos, entre 1000, 400 devem ser políticos. Proponho também que o
estado reduza o tamanho da própria estrutura administrativa pela redução do
número de órgãos públicos.
Como pretende mudar o estado nos
próximos quatro anos?
Dando-lhes oportunidades de trabalho,
de melhor qualidade, principalmente para juventude, melhorando os serviços
públicos e tornando-os mais eficientes e por consequência melhorando a
qualidade, fazendo com que o estado continue se desenvolvendo.
Fonte: Site O Globo 21/08/2014
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