Aos 59 anos, Raimundo
Colombo já passou por quase todos os cargos políticos possíveis.
Foi
prefeito, deputado estadual e federal, senador e governador. Alguns mandatos,
inclusive, interrompeu para assumir outra função para a qual havia sido eleito.
É com esta bagagem que o candidato do PSD (Partido Social
Democrático) busca a reeleição ao governo do Estado.
Entre os dias 18 e 27 de agosto, o G1
publica os perfis dos candidatos ao Governo de Santa Catarina. A ordem de
publicação foi definida por sorteio na RBS TV, com participação de
representantes dos partidos. Além disso, todos os candidatos responderam as
mesmas perguntas.
Ele nasceu em Lages, na Serra
catarinense, cidade onde também nasceram e cresceram seus filhos, Joana e
Edson, e onde ainda mantém residência. É separado e a família ainda inclui os
netos, Laís e Luiza.
“Minha prioridade é tratar cada
eleitor como indivíduo, com seus dramas, problemas e necessidades. Sempre fiz
questão de percorrer as unidades de saúde e as escolas do município para ouvir
os moradores e identificar problemas que não estão escritos em relatórios, mas
fazem parte do dia-a-dia da população. Ao voltar para o gabinete, fiquei
comprometido com uma nova escala de valores que, antes de mais nada, procura a
face humana de tudo”, afirmou.
Segundo Colombo, foi nos movimentos da
Igreja Católica que assumiu os primeiros cargos de liderança, organizando
encontros de jovens na Diocese da cidade.
Apaixonado por futebol, na juventude,
somava a atuação na Igreja à atividade como goleiro de futsal. Por 10 anos,
defendeu o Grêmio Esportivo Hélio Moritz e considera as duas atividades – a
política e o esporte – como complementares: “No time, adquiri valores como
disciplina a trabalho em equipe. O esporte me ajudou no condicionamento
psicológico para enfrentar disputas difíceis. Na política, quando precisei, fui
buscar reservas de bom senso em todas as experiências da minha vida, inclusive
as esportivas”, disse ele.
O primeiro cargo político que assumiu
foi o de deputado estadual, em 1986. Dois anos depois, foi eleito prefeito de
Lages pela primeira vez. Depois, em 1998, foi eleito deputado federal, mas
antes de finalizar o mandado candidatou-se novamente à Prefeitura de Lages, em
2000, e reelegeu-se para o mandato seguinte, entre 2004 e 2008
“Como prefeito, fiquei conhecido pela criação
do programa ‘Juro 0’, que estabeleceu o empréstimo aos micros e pequenos
empresários sem juros, além da melhora nos serviços de saneamento básico e a
municipalização na distribuição da água”, disse ele.
Porém, antes de concluir o segundo
mandato, concorreu ao cargo de senador, em 2006. “Fui eleito com 1,7 milhão de
votos e apoio de 90% dos lageanos”, comentou ele, que em 2010 se licenciou do
Senado para concorrer ao governo do estado.
“Venci no primeiro turno, com uma
votação histórica, de 1.815.304 de eleitores”, comentou ele, que entre os
principais projetos destaca o Pacto por Santa Catarina, instituído em 2012.
“O Pacto reúne 596 obras, entre
concluídas, em andamento e a iniciar, orçados em R$ 10,7 bilhões, dos quais R$
2,3 bilhões já foram aplicados, com destaque para o Fundo de Apoio ao
Municípios (Fundam). As grandes obras estão contempladas, mas para fazer as
pequenas obras, os municípios perderam a capacidade investimento. Todos os 295
municípios do Estado serão atendidos”, afirma Colombo.
Qual considera o maior problema do
estado?
O maior problema de Santa Catarina - e
de todos os estados da Federação - é a partilha das receitas tributárias. Os
recursos hoje estão concentrados no Governo Federal. É fundamental aproximar os
agentes que oferecem o serviço e os recursos necessários em relação ao cidadão.
Ou seja, um posto de saúde tem que ser administrado e mantido pela prefeitura.
É ali que se dá o contato entre quem oferece o serviço e quem precisa dele. As
maiores demandas das comunidades giram em torno de temas como saúde, educação,
segurança pública e mobilidade urbana. São ações que podem ser executadas pelos
municípios e complementadas pelo Estado. Por isso precisa-se de uma reforma
tributária urgente.
Qual considera a maior potencialidade
do estado?
Santa Catarina tem regiões e polos
econômicos com a força produtiva bem definida por isso fica difícil apontar uma
potencialidade. Veja que ocupamos pouco mais de 1% do território brasileiro e
temos posição de destaque em rankings que medem a força da indústria, do
agronegócio e do turismo no país. Mesmo com o Estado sendo o 11º do país em
população, com mais de 6 milhões de habitantes a indústria catarinense é a
quarta do país em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores
– são 45 mil empresas e 763 mil trabalhadores, segundo dados da Federação das
Indústrias (Fiesc).Diferentes polos ganham força espalhados pelo estado, como
cerâmico no Sul, agroindústria no Oeste, máquinas e equipamentos no Norte,
madeireiro na região Serrana e tecnológico em Florianópolis. Santa Catarina,
com destaque para a região do Vale do Itajaí e o Norte do Estado, é também o
segundo polo têxtil e do vestuário do Brasil. E a nossa indústria pesqueira tem
a maior produção de pescado do Brasil.
Como pretende melhorar o estado nos
próximos quatro anos?
Santa Catarina está vivendo um bom
momento com a execução das obras do Pacto por Santa Catarina. O estado vai dar
um salto de qualidade nas áreas de infraestrutura, proteção social, saúde,
educação, justiça e cidadania e segurança pública com a conclusão deste grande
programa de investimentos. Estamos arrumando a casa, investindo nos pequenos
produtores e empresários, fortalecendo as prefeituras com os repasses do
Fundam, construindo e ampliando hospitais regionais e descentralizando o
atendimento médico de alta e médica complexidade. A comunidade já está mais
próxima da escola com a adoção de instrumentos pedagógicos e de gestão; o novo
conceito de segurança publica que agrega, policiais, inteligência, mobilidade e
videomonitoramento já traz resultados práticos.
Fonte:
Site Globo.com 27/08/2014
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