Em meio a café da manhã com
jornalistas, a presidente Dilma Rousseff criticou nesta segunda-feira (22), sem
citar nomes, setores da oposição que defendem a cassação de seu registro
eleitoral.
Segundo a petista, a oposição tem que "saber perder".
A
presidente reeleita declarou ainda que defender seu afastamento do cargo “a
cada virada do ponteiro do relógio” é algo ultrapassado.
Na última quinta-feira (18), o PSDB
pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do registro de
candidatura de Dilma e posse do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como
presidente da República. Segundo a presidente reeleita, é preciso a oposição
“saber perder”.
“Eu acho que tem que saber perder.
Essa história de querer provocar impeachment a cada virada do ponteiro do
relógio é algo um pouco ultrapassado. Eu diria ultrapassado porque cabia no
Brasil dos anos 1980, 1990, mas não cabe no Brasil desta década”, ironizou a
presidente.
No mesmo dia em que o PSDB protocolou
o pedido de cassação do registro de Dilma, a petista foi diplomada pelo TSE. Na
solenidade, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, afirmou que não
haverá terceiro no turno nas eleições deste ano, que resultaram na eleição
da petista.
Porto de Cuba: Ao final do café da
manhã, a presidente da República comentou a retomada das relações diplomáticas
entre Estados Unidos e Cuba, anunciada na semana passada. Indagada sobre a
aproximação entre os dois países, Dilma destacou o fato de a oposição ter
criticado o financiamento concedido pelo BNDES a uma empresa brasileira que
atua na construção do Porto de Mariel, na ilha caribenha.
Em meio à campanha presidencial deste
ano, adversários de Dilma criticaram o financiamento do empreendimento de
infraestutura cubano por um banco público brasileiro. O senador Aécio Neves
(PSDB-MG), derrotado na corrida presidencial, chegou a dizer que era preciso
rever as prioridades do governo brasileiro.
“Agora que os EUA reconheceram
[a relação com Cuba], parece que eles [oposição] sancionaram também a
legalidade do nosso empréstimo. É ridículo isso, gente, vocês me desculpem. Mas
é ridículo não ser capaz de ter autonomia num país desta envergadura. […] A
melhor forma de relacionar com Cuba não é o bloqueio, é o investimento. Agora
que o porto é mais perto da Flórida, ficou um must [palavra em inglês usada no
Brasil para falar sobre algo que está na moda]”, comentou a presidente.
Fonte:
Site Globo.com 22/12/2014
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