O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, vai participar nesta
segunda-feira (26) de um almoço com o PSDB paulista.
Ele confirmou sua
participação a jornalistas durante evento na sede da Força Sindical, em São
Paulo.
"Daqui até domingo será muita
conversa, muita tentativa de convencimento. Já fui na sede e conversei com a
bancada do PSDB aqui em São Paulo. Estou disposto a conversar com quem quer que
seja", disse.
O PSDB já declarou apoio oficialmente
ao deputado Julio Delgado (PSB-MG), mas a votação será secreta. Além disso,
existe a possibilidade de um segundo turno, no qual Cunha poderia contar com o
apoio dos tucanos.
Ele disse não considerar o contato com
o partido um indicativo de que sua gestão à frente da Câmara seria "de
oposição", e afirmou que deputados de partidos que fazem ainda mais
oposição segundo ele, caso do DEM, também já declararam apoio a sua
candidatura. Ele voltou a repetir que não será de oposição, nem "de
submissão".
Ele afirma que recebeu relatos de uma
suposta articulação do governo para fortalecer a candidatura de Arlindo
Chinaglia (PT), e afirmou que se trata de um "equívoco".
"Certamente será um erro que vai ter sequelas futuras, porque o PMDB faz
parte da base do governo", afirmou.
Sindicato: Durante a palestra na Força
Sindical, Cunha ouviu manifestações de sindicalistas de vários setores. Ele
ficou ao lado do presidente da entidade, Miguel Torres, e do deputado federal
Paulinho, do Solidariedade e ex-presidente da Força.
Cunha afirmou que, como presidente da
Câmara, estará aberto às demandas dos sindicalistas e lembrou que, para várias
delas, eles terão que conversar com todos os partidos para que elas
efetivamente sejam votadas.
Ele afirmou que a Câmara votará em sua
gestão, caso ela ocorra, a reforma política. Disse ainda que pretende que isso
aconteça até setembro deste ano para que as medidas tenham validade para as
eleições de 2016.
Outro tema relacionado foi o
financiamento de campanhas. O deputado afirmou ser contra declarar ilegal o
financiamento privado de campanha.
Fonte: Site O Globo 26/01/2015
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