O relatório do Centro de Investigação
e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), aponta que o piloto e o
copiloto eram habilitados para pilotar o modelo 560,
mas não tinham documentos
que comprovassem o treinamento específico para outro mais avançado, o XLS Plus,
que caiu em Santos.
A Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) afirma que a comprovação de treinamento específico só se faria
necessária na renovação da habilitação que os permitia pilotar todos os
modelos. A Anac diz ainda que aguarda receber do Cenipa as informações para
justificar a recomendação de treinamento de transição de um modelo para outro.
De acordo com a coleta de dados do
Cenipa, os pilotos fizeram um trajeto diferente do previsto na carta de
aproximação, tanto no pouso, na Base Aérea de Santos, quanto no momento
seguinte à arremetida, manobra para recuperar altitude iniciada pelo piloto
quando considera que não é seguro pousar.
Os radares captaram que em vez de seguir
a rota pré-estabelecida nos mapas oficiais, o piloto Marcos Martins tentou
fazer um pouso direto, mas comunicou ao operador da rádio da Base Aérea de
Santos que estava obedecendo o procedimento correto. Segundo o Cenipa, o piloto
forneceu informações falsas sobre a posição do avião.
Apesar disso, os investigadores dizem
que ainda não há como concluir que o ocorrido tenha contribuído para a queda e
que não é possível dizer se houve falha humana. As investigações já descartaram
falhas mecânicas e colisões com aves, veículos não-tripulados ou qualquer outro
objeto. Segundo os oficiais, a hipótese de incêndio também foi descartada.
Memória: O acidente aéreo que matou o
ex-candidato à presidência da República, Eduardo Campos, foi em agosto do ano
passado. Outras seis pessoas que estavam a bordo do jato também morreram.
A aeronave caiu em uma área
residencial de Santos, no litoral paulista. O relatório do Cenipa apontou que,
apesar da chuva no momento do acidente, as condições climáticas eram
favoráveis.
Fonte: Site O Globo 27/01/2015
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