Quase metade dos prefeitos
catarinenses vai buscar mais um mandato de quatro anos nas eleições de outubro.
Dos candidatos que tiveram os pedidos de registro divulgados pelo Tribunal
Superior Eleitoral, pelo menos 145 são prefeitos que decidiram concorrer a um
segundo mandato consecutivo. O levantamento é do DC.
O número é inferior aos 160 da eleição
passada – quando 90 foram reeleitos. As informações não levam em conta vices
que assumiram definitivamente por afastamento do titular eleito. É o caso, por
exemplo, de José Cláudio Caramori (PSD), que assumiu a prefeitura de Chapecó
com a renúncia de João Rodrigues (PSD) para concorrer a deputado federal em
2010. Também é a situação de Felippe Collaço (PSD), que assumiu em Tubarão no
final de junho, com a morte de Manoel Bertoncini (PSDB).
O quadro pode mudar um pouco em caso
de desistências ou impugnação de candidaturas pela Justiça Eleitoral. O grande
percentual de candidaturas à reeleição é uma tendência verificada desde que a
legislação permitiu a busca pelo segundo mandato (ver quadro). Desde então,
apenas em 2004 os prefeitos na disputa ficou abaixo dos 50%. Naquele ano, foram
127 candidaturas, 80 delas bem-sucedidas.
Na eleição passada, aconteceu o
recorde de lançamento de prefeitos/candidatos: 160, com 70 eleitos – 43,7% de
sucesso. Os resultados foram melhores para os prefeitos nos cargos em 2000 e
2004, quando ultrapassaram os 60% de vitórias. A queda em 2008 não assustou os
donos dos cargos, até porque nas 20 maiores cidades quem estava com a caneta
venceu em 10 disputas (incluindo a capital) e perdeu só em três.
Este ano, são nove os prefeitos
candidatos nos maiores colégios eleitorais – incluindo o maior, Joinville.
Momento do Brasil ajuda, mas sobrecarga atrapalha A explicação para o sucesso
da reeleição é múltipla. Além da vantagem de ter realizações para mostrar, os
prefeitos têm um outro ponto valioso a seu favor: o bom momento vivido pelo Brasil,
apesar da crise externa.
Ao mesmo tempo, enfrentam o desgaste
provocado por problemas crônicos das cidades e de difícil solução. O presidente
da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, projeta uma
campanha complicada para os atuais administradores neste pleito. Ziukolski acredita
que eles terão mais dificuldades para obter mais um mandato porque as
prefeituras estão sobrecarregadas e não dão conta do recado.
Vale lembrar que em Nova Trento , nenhum
Prefeito foi reeleito desde que a Lei da reeleição foi criada em 1997. Em 2000,
Saul Rover não concorreu, sendo vencedor Godofredo Tonini, que em 2004 disputou
mais um mandato, mas foi vencido por Sandra Eccel. Ela tentou a reeleição em
2008, mas o vencedor foi Orivan Orsi, que desistiu de concorrer a mais um
mandato neste ano de 2012.
Nova Trento é o único município do
Vale do Rio Tijucas que ainda não teve um Prefeito reeleito, neste período
democrático. Nossa cidade quando se tornou emancipada em 1892, naquela época
havia a lei da reeleição infinita, o Prefeito poderia ser eleito várias vezes
seguidas.
Desta forma tivemos Giácomo Polli com
três mandatos consecutivos, Emílio Gottardi com dois e Nicolau Bado eleito
quatro vezes seguidos. Essa lei foi extinta com a Revolução de 1930 e com a
nova Constituição de 1934.
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