Hoje
sete de setembro de 2012 comemoramos 190 anos da independência do Brasil em
relação a Portugal.
Conta a história que no final de
agosto de 1822, D. Pedro deslocou-se à província de São Paulo para
acalmar a situação depois de uma rebelião contra José Bonifácio. Apesar de ter
servido de instrumento dos interesses da aristocracia rural, à qual convinha a
solução monárquica para a independência, não se deve desprezar os seus próprios
interesses.
O Príncipe tinha formação absolutista
e por isso se opusera à Revolução do Porto, de caráter liberal. Da mesma forma,
a política recolonizadora das Cortes desagradou à opinião pública brasileira. E
foi nisso que se baseou a aliança entre D. Pedro e o "partido
brasileiro". Assim, embora a independência do Brasil possa ser vista,
objetivamente, como obra da aristocracia rural, é preciso considerar que teve
início como compromisso entre o conservadorismo da aristocracia rural e o
absolutismo do Príncipe.
Monumento à independência, no Parque
da Independência, em São Paulo, o local onde foi proclamada a
independência do Brasil.
Em 7 de setembro, ao voltar de Santos,
parado às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro recebeu uma carta com
ordens de seu pai para que voltasse para Portugal, se submetendo ao rei e
às Cortes. Vieram juntas outras duas cartas, uma de José Bonifácio, que
aconselhava D. Pedro a romper com Portugal, e a outra da esposa, Maria
Leopoldina de Áustria, apoiando a decisão do ministro e advertindo: "O
pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".
Impelido pelas circunstâncias, D.
Pedro pronunciou a famosa frase "Independência ou Morte!", rompendo
os laços de união política com Portugal.
Culminando
o longo processo da emancipação, a 12 de outubro de 1822, o Príncipe foi
aclamado Imperador com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 01 de dezembro
na capital.
À semelhança do processo de
independência de outros países latino-americanos, o de independência do Brasil
preservou o status quo das elites agroexportadoras, que conservaram e
ampliaram os seus privilégios políticos, econômicos e sociais.
Ao contrário do ideário do Iluminismo,
e do que desejava, por exemplo, José Bonifácio de Andrada e Silva, a escravidão foi
mantida, assim como os latifúndios, a produção de gêneros primários
voltada para a exportação e o modelo de governo monárquico.
O Brasil negociou com a Grã-Bretanha e
aceitou pagar indenizações de 2 milhões de libras esterlinas a
Portugal. A Grã-Bretanha saiu lucrando, tendo início o endividamento externo do
Brasil.
Quando D. João VI retornou a Lisboa,
por ordem das Cortes, levou todo o dinheiro que podia — calcula-se que 50
milhões de cruzados, apesar de ter deixado no Brasil a sua prataria e
a enorme biblioteca, com obras raras que compõem hoje o acervo da Biblioteca
Nacional. Em consequência da leva deste dinheiro para Portugal, o Banco do
Brasil, fundado por D. João ainda 1808, veio a falir em 1829.
Fonte:
Wikipédia 07/09/2012
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