Partido elegeu três prefeitos das 10
maiores cidades de Santa Catarina.
A aposta política do governador Raimundo Colombo, ao deixar o DEM, em 2011, e ajudar a fundar o PSD, trazendo consigo as principais lideranças do Democratas, se consolidou nessa eleição. O partido rompeu barreiras que a antiga sigla não havia ultrapassado antes, a principal foi eleger um prefeito na Capital do Estado, Cesar Souza Junior.
A aposta política do governador Raimundo Colombo, ao deixar o DEM, em 2011, e ajudar a fundar o PSD, trazendo consigo as principais lideranças do Democratas, se consolidou nessa eleição. O partido rompeu barreiras que a antiga sigla não havia ultrapassado antes, a principal foi eleger um prefeito na Capital do Estado, Cesar Souza Junior.
O PSD também foi o segundo a lançar
mais candidatos a prefeito em Santa Catarina. O partido concorreu nas três
cidades com segundo turno, mas em Joinville e Blumenau saiu derrotado. Levou
três prefeituras das 10 maiores catarineses — São José, Chapecó e Florianópolis
—, e aguarda o resultado de Palhoça, onde permanece sob júdice.
Gelson Merisio, presidente estadual do
PSD e da Assembleia Legislativa foi, ao lado de Colombo, um dos articuladores
da criação da sigla em Santa Catarina, e faz uma análise positiva dos números.
— Migrar foi uma decisão política
acertada. Sob a ótica de um novo partido é um ótimo resultado, mas não
atingimos a meta, de eleger 50% dos candidatos. Credito isso a opção de não
envolvermos o governador diretamente nas disputas municipais. Foi algo
calculado, pois teríamos uma série de problemas com os partidos aliados —, diz.
Colombo afirmou que sua participação
foi muito discreta na eleição e que essa decisão tinha dois fundos. O primeiro
por ser governador, que tem como dever cuidar do governo e não ir para o
combate eleitoral direto. A segunda por ser resultado de uma coligação que
conflitou na maioria dos municípios.
A formação de coligações e a
possibilidade de diálogo com diferentes partidos — de esquerda, centro e
direita —, foi um dos argumentos dos políticos para a mudança de sigla em 2011.
O PSD foi criado para fugir do estigma do DEM, de partido de oposição ao
governo federal. Raimundo Colombo, já governador na época de fundação da
legenda, negociou a troca com as bancadas estadual, federal e com os prefeitos
do DEM nas principais cidades catarinenses, entre elas Jaraguá do Sul, Chapecó
e Blumenau.
Quebra de paradigmas: A conquista de
54 prefeituras em 2012 se deu através de alianças antes consideradas inviáveis.
Um exemplo ocorreu na cidade de Nova Itaberaba, no Oeste Catarinense, onde
foram eleitos o prefeito Antonio Domingos Ferrarini, do PSD, e seu vice, Iselto
Civa, do PT.
— O grande ganho não foi o
resultado eleitoral, mas sim a quebra de paradigma, que nos permite abrir
diálogo com siglas como PT, PC do B, que antes era impossível no DEM. O PSD tem
as portas abertas com o diálogo, é a principal característica do partido.
Criamos um arco maior de conversação com a população e com os principais
agentes políticos —, afirma o presidente estadual Gelson Merisio.
Para o secretário de Desenvolvimento
Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, que foi um dos que seguiu Colombo em
2011, a avaliação dos resultados de 2012 é positiva, com a confirmação de
antigas lideranças e também a apresentação de novos quadros.
— Essa foi nossa primeira eleição
e saímos vitoriosos. Agora as eleições de 2014 irão definir o rumo do partido,
vamos aguardar as definições nacionais, mas teremos representantes concorrendo,
direta ou indiretamente —, afirma o secretário.
Fonte: site Jornal A Notícia 04/11/2012
Nenhum comentário :
Postar um comentário