Deputados contestam acordo entre
Ponticelli e Titon para a presidência da Casa em 2013 e 2014.
Às vésperas da abertura dos trabalhos
na Assembleia Legislativa, marcada para sexta-feira, deputados de oposição
decidiram contestar o acordo que elegeria por consenso o nome do deputado
Joares Ponticelli (PP) para a presidência da Casa neste ano. Agora, os
parlamentares articulam a possibilidade de lançar Jailson Lima (PT) ou Sargento
Soares (PDT) como candidatos para a disputa.
Tanto Jailson quanto Soares dizem
estar dispostos a concorrer, mas reconhecem que a eleição de Ponticelli é
inevitável e que o ato é mais uma forma de contestar as costuras feitas entre o
PP e lideranças da tríplice aliança. Se os oposicionistas mantiverem sua
posição, esta será a primeira eleição em dez anos na AL em que o presidente não
será definido por unanimidade.
— Esse acordo foi costurado por duas
ou três pessoas entre quatro paredes. Isso afeta diretamente a autonomia do
Legislativo. No plano deles, já está definido até quem vai assumir a
presidência na próxima eleição — diz Soares, referindo-se ao acerto entre
Ponticelli e o deputado Romildo Titon (PMDB), que deve assumir o comando da
Casa em 2014 com o compromisso de reeleição em 2015.
Além disso, deputados petistas
reclamam que a formação da nova mesa diretora poderá reduzir o espaço de
representação da legenda. Atualmente, o PT conta com duas vagas na Mesa, mas há
a possibilidade de a legenda ficar com apenas uma vaga no comando da Casa. O
líder da bancada petista, Dirceu Dresch (PT), confirma a queixa, mas diz que o
assunto ainda precisa ser discutido com todos os deputados da legenda.
— Não é uma posição da bancada, mas da
maioria dos deputados. O PT tem uma das maiores bancadas na Assembleia e tem o
direito de discutir essa questão. Uma coisa era apoiar a eleição do deputado
Titon, mas aí o PMDB voltou atrás e decidiu aceitar o acordo com o PP. Como
fica a oposição a partir de um acerto político vindo da base aliada ao
governador? — argumenta Dresch.
Do outro lado, Ponticelli tenta
acalmar os ânimos dos parlamentares, garantindo que escolha de nomes na Mesa
Diretora não está definida e que a intenção é dar espaço a todas as bancadas.
— Estamos no processo de construção
deste diálogo. Não tem nenhum jogo batido, nada está definido. Isso pode estar
até sendo usado como uma justificativa deles. Ainda não sentei para conversar
com a bancada do PT e nem eles me comunicaram o que querem. Meu discurso
continua o mesmo. Quero fazer uma mesa eclética — diz.
Fonte: Site Jornal A Notícia
30/01/2013
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