Um mês depois do início do ano para o
Legislativo, partidos chegam a um consenso.
A queda de braço entre PMDB e PSDB
na Assembleia Legislativa para comandar a Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) terminou na tarde desta terça-feira com um acordo entre as
bancadas para divisão da presidência. O peemedebista Mauro de Nadal assume
neste ano e o tucano Marcos Vieira fica com o cargo em 2014.
A disputa pelo espaço ainda reflete as
costuras feitas no final do ano passado para a eleição da mesa diretora da
Casa. Na época, PP, PSDB e PSD formaram um bloco em favor da eleição de Joares
Ponticelli (PP). Nas primeiras conversas dos três partidos, a proposta era de
que os tucanos ficassem com a presidência da CCJ. Mas quando as negociações
para eleição da mesa avançaram com a entrada do PMDB no acordo e a divisão do
mandato entre Ponticelli e Romildo Titon (PMDB), o assunto não voltou à pauta,
dando início à disputa entre os dois partidos.
O consenso para dividir o comando da
comissão entre Nadal e Vieira foi anunciado no final do dia, depois de uma
série de conversas. No início da tarde, Ponticelli assinou um ato de convocação
das comissões para forçar que a eleição dos membros da CCJ acontecesse até a
próxima semana.
Em seguida, os tucanos se reuniram no
gabinete do deputado Doia Guglielme, líder da bancada. Ponticelli e o deputado
Gelson Merisio (PSD) participaram do encontro. Atendendo a um apelo do pepista
e do pessedista, o PSDB cedeu e aceitou dividir a presidência. O receio era de
que, com o racha entre os partidos da base, o cargo acabasse ficando com a
oposição.
— Pela unidade interna na
Assembleia, o PSDB abriu mão — disse Marcos Vieira.
No acordo, os peemedebistas abriram
mão da Comissão de Serviços Públicos para os tucanos. No entendimento do PMDB,
como o partido só assumirá a presidência da Casa no ano que vem, é justo que
neste ano a CCJ continue sob seu comando.
— Dividir a CCJ era a proposta que
havíamos formulado desde o início — disse Nadal.
Enquanto a Comissão de Constituição e
Justiça não é eleita, nenhum projeto pode tramitar na Assembleia. Há um mês,
desde que iniciaram os trabalhos legislativos, 22 projetos já foram
protocolados. Mas segundo o presidente Ponticelli, o calendário da Casa está
atrasado somente uma semana já que no Carnaval houve recesso.
Os dois assuntos que estão parados e
mais preocupam no momento são a votação do mínimo regional e da descompactação
do plano de carreira do magistério. Mesmo assim, o presidente avalia que a
tramitação das duas matérias não será prejudicada já que ambas têm caráter de
urgência e, por isso, têm prazo estabelecido para serem votadas.
Fonte: Site Jornal A Notícia 05/03/2013
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