Ideologia:
Esquerda, Humanismo, Nacionalismo, Trabalhismo, Socialismo
democrático.
Partido Democrático Trabalhista (PDT)
é um partido político brasileiro de centro-esquerda e de
ideologia trabalhista, fundado por políticos e intelectuais brasileiros no
final da década de 1970, logo após o início do processo de abertura política da ditadura
militar. Seu número eleitoral é o 12. O PDT é o único partido brasileiro a
integrar a Internacional Socialista.
É o partido de origem da atual
presidente Dilma Rousseff, que o trocou pelo Partido dos
Trabalhadores no ano 2000, pelo convite do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e amigo do fundador do partido Leonel de Moura
Brizola. É, com efeito, uma das legendas de situação do atual governo, estando
à frente do Ministério do Trabalho e Emprego.
O PDT é um dos mais tradicionais
partidos criados após a abertura política no final do regime militar.
Década de 1980: Dando sequência ao
processo de abertura política no país, o regime militar restabelece o
pluripartidarismo e convoca as primeiras eleições gerais diretas (com exceção
dos cargos de Presidente da República, prefeitos de capitais e prefeitos de
cidades designadas como áreas de segurança nacional) em 1982. Com apenas um ano
de existência, o PDT sai das eleições como o terceiro maior partido brasileiro,
ficando atrás somente dos partidos tradicionais, PDS (substituto da ARENA)
e PMDB (substituto do MDB), se apresentando como a primeira
força de esquerda do país, posição que manterá até meados da década de 1990.
Nas eleições majoritárias (governos
estaduais e renovação de 1/3 do Senado Federal) o PDT foi o único dos novos
partidos a conseguir vitórias.
O PDS ganhou 12 estados,
concentrando-se mais no Nordeste brasileiro, o PMDB ganhou 9 estados, e o PDT
ganhou no Rio de Janeiro com Leonel Brizola para o governo estadual e Saturnino
Braga para o Senado Federal.
Nas eleições proporcionais, o PDT
elege 24 deputados federais, ficando atrás somente de PDS (235 deputados) e
PMDB (200 deputados), e na frente do PTB (13 deputados) e do PT (8
deputados).
No plano nacional, o partido se posiciona
como oposição ao governo do General João Figueiredo.
Pouco tempo depois, Leonel Brizola e o
PDT, junto com os outros partidos e lideranças partidárias consideradas
progressistas, lideram a Campanha das Diretas Já! em favor da
realização de eleições diretas para o cargo de Presidente da República. Apesar
da grande manifestação popular em favor da aprovação da Emenda Dante de
Oliveira pelo Congresso Nacional em 1984, ela não foi aprovada por
uma diferença mínima de apenas 22 votos, sendo as próximas eleições
presidenciais realizadas indiretamente através de um Colégio Eleitoral.
Durante a eleição indireta, o PDT
apoia a eleição do candidato do PMDB, Tancredo Neves, que consegue a
vitória graças à dissidência da candidatura governista, a chamada Frente
Liberal, que insatisfeita com a escolha do candidato do PDS, Paulo Maluf,
apoiou a candidatura de Tancredo Neves.
Com a morte de Tancredo Neves, assume
em seu lugar o vice-presidente de sua chapa, José Sarney, dissidente do
PDS/ARENA e integrante da Frente Liberal.
Tendo
em vista esse acontecimento, o PDT se posiciona como oposição ao governo José
Sarney.
Em 1985, nas primeiras eleições
diretas para municípios capitais de estado, o PDT ganha o controle da cidade do
Rio de Janeiro com a eleição de Saturnino Braga, e de Porto Alegre com Alceu
Collares.
Em 1986, ano eleitoral, o
presidente José Sarney lança o Plano Cruzado, criticado abertamente por
Brizola. Após sucesso inicial do plano com o estancamento da crise
econômico-financeira pela qual o país passava, o partido do presidente, o PMDB
elege 22 dos 23 governos estaduais.
Apesar da boa avaliação do PDT, o
partido não consegue eleger o vice-governador fluminense Darcy Ribeiro como
sucessor de Brizola, graças ao Plano Cruzado, que beneficiou seu rival do PMDB, Moreira
Franco, que Brizola o apelidara como "gato angorá". Moreira Franco,
ex-pedessista, era apoiado por partidos de centro-direita: PFL, PTB, PL e
outros. Pouco tempo depois das eleições, o plano se mostra um fracasso,
confirmando as declarações de Brizola, e a crise volta.
Confirmando sua ascensão, nas eleições
municipais de 1988, O PDT elege prefeito de quatro capitais: Marcello
Alencar no Rio de Janeiro, Jackson Lago em São Luís, Jaime
Lerner em Curitiba, e Wilma de Faria em Natal.
Em 1989, com a primeira eleição
direta para o cargo de Presidente da República, o PDT lança como seu
candidato Leonel Brizola. Depois de uma campanha acirrada, Brizola chega
em terceiro lugar perdendo uma vaga no segundo turno por uma diferença de
apenas 0,5% dos votos para o segundo colocado, o candidato do PT, Luís
Inácio Lula da Silva.
No segundo turno o PDT apoia a
candidatura de Lula, que perde a eleição para o candidato conservador do
pequeno PRN, Fernando Collor de Melo, apoiado pelas forças
conservadoras e com grande apoio da mídia (lembre-se a edição manipulada do
último debate presidencial a favor de Collor pela Rede Globo).
Atuação durante a Assembleia Nacional
Constituinte: Nas eleições de 1986, o PDT elege 24 deputados federais, que
viriam a ser constituintes durante esta legislatura. A atuação do PDT durante a
Constituinte foi marcada pela defesa dos temas nacionalistas.
O
partido apoiou o presidencialismo, a jornada semanal de 40 horas, o monopólio
estatal do petróleo e se posicionou contra os cinco anos de mandato para o
Presidente José Sarney.
Década de 1990: As eleições de 1990
marcam o apogeu do PDT com a eleição de 3 governadores de estado, Leonel
Brizola no RJ, Alceu Collares no RS, e Albuíno Azeredo no ES.
Além disso, elegeu 46 deputados federais, a melhor performance eleitoral de
toda a sua história.
No plano nacional o partido se
posicionou como oposição ao governo Collor.
Apesar de as eleições de 1990 terem
sido o auge do partido no campo eleitoral, sua situação ao longo da década será
de declínio, acentuado após as eleições de 1994, passando a dividir com o PT a
liderança da esquerda no plano nacional, vindo até mesmo ser
ultrapassado por este no fim da década.
Isso se deu em grande parte em razão
do criticado desempenho de seus governadores e da demora de tomada de posição a
favor das investigações contra o Presidente Collor. É nesse período que figuras
importantes do partido começam a criar dissidência e sair do partido como por
exemplo, César Maia, Marcello Alencar, Saturnino Braga e Jamil
Haddad no Rio de Janeiro.
Com as primeiras denúncias de
corrupção contra o ex-presidente Fernando Collor, o PDT não apoiam de
imediato as pressões para a instalação de uma CPI, só vindo a mudar de posição
pouco tempo depois com o agravamento das denúncias. A partir daí, o PDT entra
fortemente na luta pelo impeachment do presidente Collor.
Afastado da presidência pelo Congresso
Nacional, Itamar Franco assume o poder. Durante seu governo, é
realizado um plebiscito para a escolha do sistema de governo no país, e o PDT é
o único partido que se posiciona desde o início a favor do presidencialismo.
Com o não avanço das idéias parlamentaristas, vários partidos começam a mudar
de posição e a defender também o presidencialismo, que sai vitorioso.
Na
mesma época, o PDT se empenhou firmemente no combate à Revisão Constitucional,
que fracassou.
Nas eleições gerais de 1994, o
PDT apresenta mais uma vez Leonel Brizola como candidato a presidente,
conseguindo porém, apenas a 5ª colocação.
Para os governos estaduais, o PDT
consegue eleger somente 2 governadores, Jaime Lerner no estado do Paraná,
que pouco tempo depois se muda para o PFL, e Dante de Oliveira, no Mato
Grosso, que mais tarde, engrossaria as fileiras do PSDB, perdendo o PDT o
controle de qualquer governo estadual, sofrendo um processo de esvaziamento. O
partido elege 34 deputados federais e 4 senadores.
Com a vitória do candidato do PSDB, Fernando
Henrique Cardoso para o cargo de Presidente da República, e a sua
consequente reeleição em 1998, o quadro político brasileiro inicia um período
político relativamente estável e sem alteração até o início dos anos 2000. O
PDT, considerando o governo de FHC neoliberal e destruidor da chamada Era
Vargas, e junto com o PT se posiciona firmemente como oposição a seu governo,
chegando até mesmo a fazer campanha pela sua renúncia. É a partir deste período
que o PDT perde a liderança na esquerda para o PT.
Nas eleições municipais de 1996, o
PDT consegue 9% dos votos nacionais, permanecendo como o quinto maior partido
nacional, e nas eleições de 1998, o PDT resolve formar uma coligação com
PT, tendo Leonel Brizola como vice na chapa de Lula.
Apesar da união dos sois principais
partidos de esquerda, a chapa consegue apenas um segundo lugar, conseguindo o
Presidente FHC se reeleger. Já para a Câmara Federal, o PDT elege uma bancada
de 25 deputados.
Em relação aos governos estaduais, o
PDT volta a eleger um governador, Anthony Garotinho no Rio de
Janeiro, porém antes de terminar seu mandato, mais uma vez o PDT vê seus
quadros serem diminuídos com a expulsão de Antony Garotinho e o consequente
desligamento de seus correligionários.
Década de 2000: Com seu último grande
esvaziamento, o PDT soma apenas 6,6% dos votos nacionais nas eleições
municipais de 2000, ficando apenas como o sétimo maior partido nacional, caindo
para a classificação de partido de porte médio.
Em 2001, após serem expulsos do PSDB,
os irmãos Senadores Alvaro Dias e Osmar Dias, do Paraná,
ingressam no PDT por convite de Leonel Brizola.
Nas
eleições de 2002, o PDT resolve não lançar candidato a presidente, porém,
forma a Frente Trabalhista com o PPS e o PTB apoiando a
candidatura de Ciro Gomes que não obtém sucesso, conseguindo somente
a quarta colocação. No segundo turno, o PDT resolve apoiar o candidato do PT,
Lula, que vence a eleição contra o candidato da situação, José Serra do
PSDB.
Em relação às eleições estaduais, o
partido volta a eleger um governador com Waldez Goes pelo estado do Amapá e
uma bancada de apenas 19 deputados federais.
Com a vitória de Lula, o PDT é
convidado para fazer parte do governo através de sua ação no Ministério
das Comunicações, tendo como seu ministro, o então deputado federal Miro
Teixeira. Por discordar desse apoio, o Senador Alvaro Dias deixa o partido.
Após um ano de governo, entretanto, a
primeira experiência governista do PDT chega ao fim. Discordando da política
adotada por Lula, o partido rompe como governo, devolve todos os cargos aos
quais ocupava no governo federal, passando a ser oposição.
Em junho de 2004, vitima de um
infarto, o fundador e líder do PDT Leonel Brizola morre, levando a
crer no fim de sua legenda. Porém, o desempenho do partido nas eleições
municipais do mesmo ano deram um novo fôlego ao partido. Mesmo com a morte de
Brizola o partido continuou na oposição. Após a crise do Mensalão, vários
políticos migraram para o partido, entre eles o senador e ex-ministro
da Educação de Lula, Cristovam Buarque.
Nas eleições de 2006, o PDT resolve
lançar candidato à Presidência da República com a candidatura de Cristovam
Buarque, que obtém apenas a quarta colocação com 3% dos votos. No entanto, para
os cargos legislativos, o partido melhora seu desempenho, elegendo uma bancada
de 24 deputados federais e 5 senadores, obtendo quase 6% dos votos nacionais,
voltando a ser o quinto maior partido brasileiro, atrás apenas de PMDB, PT,
PSDB e PFL.
No segundo turno, o PDT apóia
novamente o candidato Lula, que vence a eleição contra o candidato
oposicionista, Geraldo Alckmin do PSDB.
Com relação às eleições estaduais, o
PDT elege 2 governadores, Waldez Góes no Amapá e Jackson Lago no Maranhão,
pondo fim a 40 anos de predomínio da família Sarney no estado. Mesmo não sendo
eleito, o Senador Osmar Dias atinge 49,90% dos votos no segundo turno das
eleições para Governador do Paraná.
Devido ao apoio recebido pelo PDT no
segundo turno das eleições, o PDT é novamente chamado a fazer parte do governo.
Ao partido cabe colaborar com sua ação através do Ministério do Trabalho sendo
seu titular, o então presidente do partido, Carlos Lupi, realidade que se
mantém até a atualidade.
Nas eleições municipais de 2008, o
PDT, elege somente o prefeito de uma capital, Roberto Góes em Macapá.
No cômputo geral, o PDT ficou com a
sexta posição entre os partidos brasileiros em número de votos com 5,96 milhões
de votos, atrás de PMDB (18,42 mi), PT (16,48 mi), PSDB
(14,45 mi), DEM (9,29 mi) e PP (6,09 mi).
Esse grande número foi traduzido em um
crescimento de aproximadamente 15% no número de prefeitos eleitos pelo PDT, que
passou de 297 no primeiro turno de 2004 para 344 prefeitos eleitos no primeiro
turno de 2008, ficando, porém, apenas na oitava posição atrás de PMDB (1194),
PSDB (780), PT (548), PP (547), DEM (494), PTB (412) e PR (382)
respectivamente.
Situação
atual
Dados do TSE colocam o PDT
na lista dos partidos grandes (mais de um milhão de filiados), como o quinto
maior partido do país. Dentre as novas lideranças do partido, destacam-se José
Antônio Machado Reguffe, do Distrito Federal; Pedro Taques, do Mato
Grosso; Edio Hensel, José Fortunati e Vieira da Cunha, do
Rio Grande do Sul; Brizola Neto, do Rio de Janeiro; Paulinho da Força e
João Roberto Dado, de São Paulo; Gustavo Fruet, do Paraná; Manato, do Espírito
Santo, André Figueiredo, do Ceará e Flávia Morais, de Goiás.
Os recentes anos do PDT
caracterizam-se pela busca de um novo posicionamento político e ideológico após
o falecimento de Leonel Brizola, seu principal líder e fundador. Há uma divisão
entre os que continuam a defender os princípios trabalhistas e socialistas
norteadores da elaboração da Carta de Lisboa (dotados de um posicionamento mais
à esquerda que o próprio PT da presidente Dilma Rousseff) e os
que reivindicam uma visão mais pragmática e conservadora da atividade política.
Esses últimos em geral são políticos que já foram filiados a outros partidos.
Atualmente o PDT faz parte do governo
Dilma, da mesma forma que apoiou Lula. Não conta com governadores em exercício
dentro dos seus quadros. Seu último governador foi o do estado do Amapá, Waldez
Góes.
Candidatos
a Presidentes da República:
-
Leonel Brizola 1989
-
Leonel Brizola 1994
-
Cristovam Buarque 2006
Fonte:
site Wikipédia 18/04/2013
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