Presidente do PSDB, o senador Aécio
Neves (MG) disse nesta terça-feira (14) que um eventual veto da ex-senadora
Marina Silva a alianças do PSB
com tucanos na composição de palanques estaduais
para as eleições de outubro vão prejudicar mais os socialistas.
Segundo Aécio, que deve disputar a
eleição presidencial desse ano, PSDB e PSB estariam juntos
"naturalmente" em 15 Estados, entre eles São Paulo e Minas Gerais,
alianças que vêm sendo descartadas pelo grupo da ex-senadora. Os acertos dos
palanques regionais é uma das exigências da Rede para que Marina seja
confirmada como vice do governador Eduardo Campos (PSB-PE) na corrida à
Presidência.
"Se houver veto [de Marina],
altera o quadro, mas em prejuízo maior do próprio PSB, o que seria
antinatural", afirmou Aécio.
Questionado sobre o apoio do PSB à
reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio afirmou que a união é
natural e que aprovaria. Ele também disse que estaria satisfeito em dividir o
palanque em São Paulo, principal colégio eleitoral do país, com Campos.
"Seria um prazer estar ao lado de
Eduardo. Acredito nas coisas naturais. Em São Paulo, o PSDB vem construindo um
projeto de governança com o PSB e, no que depender da minha modesta opinião,
deverá continuar."
Ele alfinetou indiretamente o grupo de
Marina. "Tenho estimulado que respeitemos as decisões locais. Toda decisão
artificial, imposta na política, não traz bons resultados. No que depender de
mim o PSB continua com Alckmin", disse.
DISPUTA POR SÃO PAULO:
Aécio desconversou sobre a
possibilidade de Alckmin oferecer o cargo de vice-governador ao PSB em São
Paulo. "Não é comigo. É uma negociação que São Paulo conduzirá".
Interlocutores do PSB e da Rede já
falam publicamente que a aliança de Campos (PE) com Alckmin pelo governo
estadual de São Paulo não tem como se viabilizar.
Marina Silva se recusou a apoiar o
governador tucano no maior colégio eleitoral do país. Campos, interessado em
confirmá-la como vice em sua chapa à Presidência até fevereiro, quer seguir o
mesmo caminho da ex-senadora com o objetivo de herdar os votos que ela tem em
São Paulo.
Além da resistência do grupo da
ex-senadora, pesquisa interna encomendada pelo PSB mostrou que Marina tem a
aprovação de 22% do eleitorado paulista. Esse índice tem norteado as decisões
políticas de Campos.
Na análise do governador pernambucano,
se ele liberar o PSB a integrar a chapa com o PSDB, poderá diminuir as suas
chances de herdar os votos de Marina na mais importante praça da eleição deste
ano.
PSB e Rede, inclusive, já avaliam
nomes que poderiam ser lançados em São Paulo. A preferência do PSB seria por
Márcio França, mas também são cotados a deputada Luiza Erundina (SP) e o
advogado Pedro Dallari. Na Rede, Walter Feldman é a opção.
Fonte: Site Folha SP 14/01/2014
Nenhum comentário :
Postar um comentário