Neste sábado, 359 delegados do partido
votaram pela aliança contra 225 pela candidatura única.
Deu a lógica das lideranças. Por
volta das 15h40, neste sábado, os delegados do PMDB deram o voto de número
293 na proposta de continuarem coligados com o governador Raimundo Colombo (PSD)
para as eleições deste ano.
Uns 20 minutos antes da definição, a
margem já indicava a vitória da continuidade, o que fez com que os
partidários que apoiavam o lado contrário começassem a deixar o auditório
Antonieta de Barros, na Assembleia, onde estava sendo realizada as prévias do
partido. Entre eles, o deputado federal Mauro Mariani e o ex-prefeito de Florianópolis Dário
Berger.
— É uma vitória de um PMDB maduro e
sensato — comemorou o senador Luiz Henrique da Silveira, um dos principais
apoiadores da coligação, junto com o vice-governador e presidente do partido, Eduardo
Pinho Moreira.
Contabilizados todos os votos, 359
delegados do partido votaram pela continuidade contra 225 votos pela cabeça de
chapa. Com isso, 61% deles decidiu manter as coisas como estão, com o PMDB
garantindo pelo menos a vaga de vice na chapa que disputará o governo do Estado.
— A gente continua entendendo que a
maioria da base do partido quer candidatura própria, mas nosso modelo com o
voto de delegados deu a vitória para a coligação — disse o deputado estadual
Carlos Chiodini, afirmando acreditar que o resultado seria diferente se a
escolha se desse com o voto direto de todos os filiados.
— O PMDB continua com o governo
do Estado — disse Pinho Moreira ao final da contagem dessas prévias que
encaminham o partido para estar com Colombo novamente.
Agora, a próxima etapa dessa
disputa será em relação à entrada ou não do rival PP na aliança que disputará o
comando do governo do Estado.
O governador já disse preferir ter o
Partido Progressista ocupando a vaga na chapa para concorrer ao Senado, mas há uma
guerra de versões dentro do PSD em relação à participação de legenda no
processo.
A possibilidade da participação do
rival histórico do PMDB, o PP, na aliança com Colombo esquentou o clima na
véspera da pré-convenção.
De um lado da trincheira, Luiz
Henrique defendeu, na quinta-feira, a aliança com Colombo, mas reafirmou
que o PMDB rejeita a participação do PP na coligação.
De outro, Merisio, que preside do PSD
em Santa Catarina, afirmou que a sigla quer o apoio dos pepistas e garantiu que
eles têm uma vaga na chapa – o cenário mais provável seria com Joares
Ponticelli (PP) concorrendo ao Senado.
As declarações do pessedista tiveram
grande repercussão no PMDB, de acordo com o próprio presidente do partido e vice-governador
Eduardo Pinho Moreira.
Defensor da manutenção da aliança ao
lado do senador Luiz Henrique, Pinho Moreira admitiu ontem pela manhã que a
entrevista de Merisio acabou servindo de munição para a ala peemedebista que
queria candidatura própria – liderada pelo deputado Mauro Mariani.
Na metade da tarde, o governador viu a
necessidade de se manifestar sobre o assunto e disse, por meio de sua
assessoria:
– O PMDB vai tomar uma posição
importante neste sábado. Essa decisão tem forte repercussão no processo
eleitoral e, a partir desse momento, eu assumo a responsabilidade de coordenar
todos os partidos aliados e construir o processo eleitoral de 2014.
Depois das reações de Pinho Moreira e
da fala do próprio governador, a reportagem tentou entrevistar o deputado
Merisio novamente, mas ele não atendeu o celular nem respondeu ao recado
deixado na caixa postal.
Fonte: Site A Notícia 26/04/2014
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