Evento marcado para decidir entre
continuar com Colombo ou partir para voo solo na disputa de outubro deverá
influenciar a formação de coligações que envolvem os cinco maiores partidos do
Estado.
A campanha tem início oficialmente a
partir de julho, mas a eleição para o governo do Estado em Santa Catarina
começou e a decisão do PMDB sobre continuar na aliança com Raimundo Colombo
(PSD) ou lançar candidato próprio, que será tomada neste sábado em
pré-convenção do partido, move as peças do xadrez partidário em Santa Catarina.
A manutenção do apoio ao atual governo
tem como principal defensor o senador Luiz Henrique da Silveira. Ele entende
que, como o PMDB faz parte da atual administração com o vice Eduardo Pinho
Moreira, secretários e outras indicações na máquina, o caminho é seguir com
Colombo e preparar uma liderança do partido para ser cabeça de chapa em 2018.
Disputando com o senador está a ala liderada pelo deputado federal Mauro
Mariani, que reagiu às declarações dadas por LHS.
– Se não existir candidatura do PMDB
em 2014, não existirá em 2018. Ponto – afirmou Mariani, rebatendo o argumento
de que o apoio a Colombo agora seria retribuído pelo PSD na próxima eleição.
::: Os caminhos da eleição a partir da pré-convenção
do PMDB:
Mas para além do futuro do próprio
PMDB, a decisão a ser tomada na pré-convenção mexe também com a posição dos
outros partidos no cenário eleitoral de 2014. PSD e PP – rival histórico dos
peemedebistas em Santa Catarina – vêm se aproximando desde 2011 e dão
demonstrações de que querem estar juntos em outubro.
Luiz Henrique defende a permanência do
partido na aliança, mas ressalta a resistência da base em estar no mesmo
palanque do PP. A fala do senador rejeitando uma coligação com os pepistas
também ganhou repercussão:
– O candidato a governador é do PSD,
que não tem nenhum problema de relação com o Partido Progressista. Nós temos
que compreender essas dificuldades e ajudar a minimizá-las – disse o presidente
do PSD-SC, Gelson Merisio.
O presidente licenciado do PP, Joares
Ponticelli, que vem fazendo gestos ao PMDB numa tentativa de aproximação –
entre eles a própria negociação que envolveu a divisão de mandato da
presidência da Assembleia entre PP e PMDB –, evita aumentar o atrito.
Ponticelli é o nome do PP para candidatura ao Senado, caso a chapa PMDB-PSD-PP
se confirme:
– Temos que fazer um projeto colocando
na frente os interesses de Santa Catarina.
Outra peça no xadrez político
catarinense que pode ser movimentada a partir da decisão do PMDB é o PT. Se a
tese da coligação com o PSD for vitoriosa, LHS ainda deve tentar uma
aproximação com a sigla – embora petistas e pessedistas catarinenses refutem a
ideia. Por outro lado, vencendo a candidatura própria, uma aliança possível
seria PMDB na cabeça de chapa, apoiada pelo PT.
Fonte: Site A Notícia 24/04/2014
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