Convites para participar das eleições
nas vagas de vice-governador, feito ao PMDB, e senador, ao PP, foram entregues
nesta sexta-feira.
Lideranças do PMDB esperaram 50
minutos. As do PP esperaram 40 minutos. Mas ambas receberam na manhã desta
sexta-feira o convite do PSD, partido do governador Raimundo Colombo, para integrarem
a aliança que trabalhará pela sua reeleição nas eleições em outubro.
O presidente em exercício Antônio
Ceron entregou nas mãos do presidente peemedebista, o vice-governador Eduardo
Pinho Moreira, e do presidente pepista, o deputado federal João Pizzolatti, o
documento que encaminha a construção do que o pessedista considera sua
chapa ideal.
Marcadas para as 10h e 11h, as
entregas começaram com atraso. No diretório estadual do PMDB, esperavam a
chegada do presidente do PSD o vice-governador, o ex-governador Paulo Afonso,
Adelcio Machado (um representante da executiva) e uma pessoa do jurídico do
partido.
Moreira aceitou o convite, consciente
de que a vaga para a disputa ao Senado seria oferecida ao PP, partido rival do
PMDB desde a redemocratização do país, logo em seguida.
— Uma ala do partido, capitaneada pelo
senador Luiz Henrique, levanta o problema da distribuição geográfica, que
existe. Alguns até acham que é mais um problema político. Mas são questões que
vamos superar — disse.
A cerca de dois quilômetros dali,
esperavam cerca de 50 pessoas do PP no diretório estadual da legenda. Ali
estava o presidente da Assembleia Legislativa, Joares Ponticelli (PP), e
pré-candidato ao Senado desde o início deste ano. Com base na região Sul, ele
e Pinho Moreira estiveram em várias oportunidades em lados opostos. Mas devem
estar juntos a partir do final de junho.
— Gostaria de destacar que temos aqui
100% da bancada federal e 100% da bancada estadual, além de termos a honra de
ter uma jovem liderança, João Amin, e da presidente nacional do movimento
Mulher Progressista, Elizabeth Tiscoski — resumiu o presidente em exercício do
PP.
Em seguida, falou Ponticelli, que deve
ir para a convenção partidária como o único nome na disputa para ocupar a vaga
na disputa ao Senado ofertada pelo PSD.
— Não tínhamos dúvida de que o
governador iria honrar aquilo que estava sendo construído às claras — discursou
o deputado sobre o convite que resume um processo que começou há três anos
e meio, quando Colombo convidou o PP para apoiar o governo na Assembleia, sem
ter cargos no Executivo.
O ex-governador Esperidião Amin (PP)
não sorriu em nenhum momento de toda a solenidade. Manteve uma expressão séria,
seguida um pouco depois por seu filho. Mas estava presente nesta que é uma
das etapas finais de uma espécie de cabo de guerra que tentou mudar a
composição e os nomes da aliança. Terminou no mesmo ponto em que se encontrava
em março deste ano, quando Colombo disse em entrevista à CBN/Diário:
— É uma chapa boa. Eu gosto dela —
respondeu sobre ter Moreira e Ponticelli ao seu lado no palanque, lá no início
da construção da aliança em 2014.
O ex-deputado Antônio Ceron, o
portador dos convites nesta sexta-feira, disse não ver problemas na composição
que deve unir os rivais. A união depende agora apenas da ratificação nas
convenções agendadas para os dias 29 (PMDB) e 30 (PP) deste mês.
— Política você não divide, não
diminui e não veta. Você soma, multiplica e agrega. Esse é o pensamento. Dentro
desse espírito, tenho certeza que os partidos vão saber qual o melhor nome para
escolher a composição — afirmou Ceron.
Fonte: Site A Notícia 20/06/2014
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