Em convenção nacional realizada em
Brasília, o PSD aprovou nesta terça-feira (25) apoiar a candidatura da
presidente Dilma Rousseff à reeleição.
É a primeira vez que o
partido, criado em outubro de 2011 pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto
Kassab, participa de eleição presidencial.
Com o apoio do PSD, Dilma ganhará
cerca de 3 minutos a mais de tempo de TV. No entanto, a parceria com Kassab
enfrenta resistência de parcela do PT. No último sábado (21), o
ex-prefeito foi vaiado na convenção nacional do PT que oficializou a
candidatura de Dilma à eleição de outubro- a segunda vez em um evento do
gênero. Em 2012, durante festa de aniversário do PT, Kassab também foi vaiado
em Brasília.
Em entrevista antes do término da
votação, Kassab minimizou o fato de o partido apoiar candidaturas do PSDB
e do PMDB em diversos estados, em vez de firmar alianças com o PT
regionalmente.
“Acredito que há consenso no partido
em relação ao apoio à presidente Dilma em nível nacional. Agora, há
companheiros nos estados que têm dificuldade em apoiar candidatura do PT devido
às circunstâncias locais”, disse o ex-prefeito de SP.
Em São Paulo, por exemplo, Kassab
afirmou que avalia lançar a candidatura do ex-presidente do Banco Central Henrique
Meirelles. “Ontem à noite o Meirelles me telefonou e disse que havia sido
comunicado da intenção do PSD de lançá-lo candidato. Ele me autorizou a
negociar a candidatura”, afirmou Kassab.
De acordo com o ex-prefeito de São
Paulo, apesar da “preferência” pela candidatura de Meirelles, existem outras
três possibilidades avaliadas pela sigla: apoiar a candidatura de Geraldo
Alckmin (PSDB) à reeleição, apoiar o candidato do PMDB ao governo,
Paulo Skaf, ou lançar a candidatura do próprio Kassab. Está descartada parceria
com o candidato do PT ao cargo, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. “Eu
prefiro a candidatura do Meirelles”, afirmou Kassab.
Luta de classes: Em discurso durante a
convenção e diante da presidente Dilma, Kassab defendeu que a campanha
eleitoral deste ano não incite a luta de classes e tenha como base o debate de
ideias.
Em evento do PT no dia 13 de junho, um
dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter sido alvo de xingamentos na
abertura da Copa do Mundo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que
a elite brasileira estava conseguindo despertar o "ódio entre as
classes".
“O PSD é defensor intransigente da paz
e alinha-se com a presidente Dilma numa batalha eleitoral construtiva, que
discuta projetos. A onda de intolerância tem potencial destrutivo, a exaltação
do ódio e tentativa de reavivar luta de classes é preocupante”, disse Kassab.
O presidente do PSD também defendeu a
desburocratização e simplificação de normas para abertura de empresas. “O
Brasil é a República dos carimbos”, criticou. Kassab pediu ainda maior
investimento em infraestrutura para escoamento de mercadorias e “regras
estáveis” que garantam o cumprimento de contratos. Para ele, essas medidas são
necessárias para atrair investidores
Fonte: Site O Globo 25/06/2014
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