O PROS decidiu nesta terça-feira (24),
em convenção nacional realizada em Brasília, apoiar a candidatura da presidente
Dilma Rousseff à reeleição.
A adesão foi aprovada com 94,5% dos votos dos
dirigentes da sigla. O evento partidário contou com a presença da petista.
O PROS foi criado oficialmente em
setembro do ano passado por um grupo de políticos e recebeu a adesão dos irmãos
Cid e Ciro Gomes, que eram do PSB, depois que o presidente da sigla, Eduardo Campos,
decidiu deixar o bloco de apoio a Dilma e lançar candidatura própria à
Presidência da República.
Em discurso diante da presidente
Dilma, Ciro Gomes cobrou "mudanças" na condução do governo, mas disse
acreditar que a governante é a pessoa com mais "moral” para dirigir o
Brasil nesse momento.
"Achamos que o Brasil em suas
mãos será capaz de conhecer uma nova e profunda geração de mudanças. [...]
Queremos discutir novo padrão de segurança pública, educação. Quem tem
autoridade e moral para chamar ao Brasil novas mudanças, chama-se dilma
Rousseff", afirmou.
Mais cedo, durante entrevista antes da
convenção, Ciro Gomes fez duras críticas à atual política econômica e
disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já deveria ter sido trocado
desde o ano passado.
Atual governador do Ceará, Cid Gomes
não compareceu ao evento porque passou mal no último domingo e está se
recuperando, de acordo com o líder do Pros na Câmara, deputado Givaldo
Carimbão.
Alianças: Em seu segundo mandato, Cid
Gomes busca apoio do PT para o candidato que vai escolher para a disputar o
cargo. São cinco nomes cotados: Zezinho Albuquerque (presidente da Assembleia
Legislativa do Ceará), Domingos Filho (vice-governador do Ceará), Leônidas
Cristino (ex-ministro dos Portos), Mauro Benevides (ex-secretário estadual da
Fazenda) e Isolda Cella (ex-secretária estadual de Educação).
O PMDB, no entanto, que terá o senador
Eunício Oliveira (CE) como candidato a governador, espera o mesmo apoio da
presidente e do PT.
De acordo com Ciro Gomes, já existe um
"pré-entendimento" para que o PT indique candidato a senador na chapa
do PROS para governador. Uma opção seria lançar o deputado federal José
Guimarães (PT-CE) para disputar vaga no Senado.
Em troca do apoio a Dilma no plano
nacional, o PROS também negocia coligação com o PT na disputa pelo governo de
Tocantins. Segundo Gilvaldo Carimbão, o PROS pretende lançar o suplente de
senador Ataídes Oliveira candidato a governador naquele estado. Uma das
propostas para obter o apoio de Dilma em Tocantins é apoiar a candidatura do
senador petista Lindbergh Farias ao governo do Rio de Janeiro.
Desde sua criação, o PROS se intitula
um partido criado para "apoiar e dar governabilidade" à presidente
petista. No entanto, insatisfeitos pela demora de Dilma em conceder cargos no
governo, a sigla chegou a entrar no chamado blocão, grupo da Câmara formado por
partidos da base aliada descontentes com o modo de governar da presidente.
Em março deste ano, o partido anunciou
que deixaria o blocão, mas cobrou maior participação no governo federal e o
pagamento de emendas parlamentares - recursos que deputados destinam no
orçamento para obras em seus estados e municípios.
Fonte: Site O Globo 24/06/2014
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