A ex-candidata à presidência da
República e ex-senadora Marina Silva foi eleita pelo jornal britânico
"Financial Times" como "mulher do ano", em sua última
edição.
Ao detalhar sua biografia, a publicação definiu Marina como uma
política visionária e idealista que saiu "da pobreza e do
analfabetismo" para concorrer por duas vezes à liderança do Brasil.
"O segredo de seu apelo é que ela
convenceu os eleitores de que é uma espécie rara de política, aquela que
acredita com sinceridade no que está dizendo", destacou o jornal,
salientando a origem humilde de Marina nos seringais da região amazônica.
O "FT" afirmou, ainda, que
enquanto os concorrentes de Marina – referindo-se às eleições presidenciais –
vendiam um pacote de políticas populistas, ela oferecia "uma visão mais
holística do futuro", defendendo o Brasil como uma "sociedade
economicamente bem sucedida e respeitada no mundo por sua consciência social e
ambiental".
"Acrescente a isso que ela também
é mulher e negra em um país em que ambos os grupos são pouco representados na
política e ela parece capturar os votos de protesto no Brasil", definiu o
jornal.
O perfil de Marina também teceu uma
comparação entre a visão da ex-candidata pelo PSB e o ex-presidente Luis Inácio
Lula da Silva, com quem ela rompeu laços políticos ao deixar o ministério do
Meio Ambiente, durante o segundo mandato do petista.
De acordo com o 'Financial Times', uma
diferença fundamental entre a ex-senadora e Lula é que "enquanto ele
vendeu o consumo de bens aos mais pobres como o mais alto ideal de seus oito
anos de mandato, Marina enfatizou o desenvolvimento humano, particularmente a
educação".
O jornal também citou declarações do
economista Eduardo Gianetti, um de seus conselheiros durante a campanha
presidencial, da qual saiu derrotada em outubro, com 21% dos votos válidos.
Fonte: Site O Globo 13/12/2014
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