Ideologia: comunismo marxismo-leninismo,
desenvolvimentismo.
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
é um partido político brasileiro de esquerda, baseado ideologicamente nos
princípios do marxismo-leninismo com expressão nacional e forte
penetração nos meios sindicais e estudantis. Fundado em 25 de março de 19 22,
é o mais antigo partido político em funcionamento no Brasil. Sua sede é em Brasília.
Seu símbolo é uma foice e um martelo cruzados, simbolizando
a aliança operário-camponesa, em amarelo, sobre fundo vermelho, sob os quais
está escrita a legenda "Partido Comunista do Brasil". Seu código
eleitoral é o 65. Edita o jornal A Classe Operária e a revista Princípios e,
internacionalmente, é membro do Foro de São Paulo. Faz parte da base de
sustentação do governo Dilma.
O caminho para a legalização
partidária (1979-1987):
A adoção da linha albanesa não
significou a radicalização da política do PCdoB. Em 1978, toda a esquerda tinha
ação institucional através do MDB, de oposição moderada ao governo
militar, o PCdoB retoma seu espaço parlamentar e elegeu seus primeiros
deputados sob a clandestinidade.
Em 1979, com a Abertura política e
a concessão da Anistia, o PCdoB encontrou um ambiente favorável à sua
penetração no sindicalismo e nas organizações estudantis. João Amazonas
regressa do exílio em 1979, e Diógenes Arruda falece de infarto no carro, a
caminho de um ato político. A refundação da UNE (1979), com Aldo
Rebelo marcou o início da hegemonia do partido na entidade universitária
(que se mantem desde então, salvo no biênio 1987-1988). Em 1984, o PCdoB fundou
a União da Juventude Socialista (UJS), seu braço juvenil.
Em 1980, Prestes rompe com o PCB
defendendo "a reorganização do movimento comunista do Partido
Comunista" na célebre Carta aos Comunistas. Abandonado à própria sorte em
idade avançada, dependerá de amigos como Oscar Niemeyer para sobreviver e
morrerá filiado ao PDT.
No sindicalismo, o PCdoB adotou
inicialmente uma política de aliança com os sindicalistas ligados ao PCB,
aderindo em 1983 à Conclat, que incluía também moderados e não-marxistas. Dessa
forma, o partido se opôs à CUT (braço sindical do PT). Em 1984, o
PCdoB integrou-se ao movimento das Diretas Já (formado por todos os
partidos de oposição), e no ano seguinte, com a derrota da emenda Dante de
Oliveira, procura Tancredo Neves buscando convencê-lo a lançar-se candidato no
Colégio Eleitoral, no que coincidiam com o PCB e o MR8, candidatura decisiva
para a redemocratização e a legalização dos partidos de esquerda em
1985. O PT se legalizou já em 1980.
Nas eleições para a Constituinte de
1986, o PCdoB elegeu seis deputados federais, incluindo Haroldo Lima e Aldo
Arantes. Destes, três foram originalmente eleitos pela legenda do PMDB, com o
qual permanecia aliado, fazendo parte da base de sustentação do governo de José
Sarney.
O PCdoB desde o princípio defendeu a
formação de uma frente de esquerda para lançar Lula candidato à Presidência da
República, tendo apoiado o PT nas eleições de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006. Aliado
ao PT nacionalmente e na maioria dos estados, o PCdoB registrou um aumento
tímido de sua representação política, mas o suficiente para manter uma bancada
permanente na Câmara dos Deputados (5 representantes em 1990; 10 em
1994; 7 em 1998; 12 em 2002; 13 em 2006). Em 2000, o PCdoB elegeu a sua
primeira prefeita, Luciana Santos, em Olinda (Pernambuco). Desde
2001, o partido passou a ser presidido por Renato Rabelo (ex-militante
da AP), que sucedeu a João Amazonas, falecido no ano seguinte, aos 90
anos.
Com a vitória de Lula em 2002, o PCdoB
pela primeira vez passou a fazer parte do governo federal, ocupando a pasta dos Esportes
com Agnelo Queiroz. Essa participação foi ampliada em 2004, com a
indicação de outro deputado, Aldo Rebelo, para a Coordenação Política do
governo (que deixaria no ano seguinte para voltar ao Congresso e ser eleito
presidente da Câmara dos Deputados). O PCdoB também conseguiu obter
participação no Senado, com a filiação, por um breve período, do senador Leomar
Quintanilha (ex-PMDB). Em 2005 o partido obtém a Presidência da Câmara
Federal com o deputado Aldo Rebelo, após a renúncia de Severino Cavalcanti
(PP-PE). Em 16
de novembro de 2002 , Aldo Rebelo assumiu por um dia a Presidência
da República.
Em 2006, Inácio Arruda foi eleito
senador pelo Ceará com quase dois milhões de votos. O primeiro
senador comunista depois de Luis Carlos Prestes, em 1946.
Apesar
de crítico da política econômica do governo Lula, o PCdoB manteve seu apoio ao
PT. Em 2006, o PCdoB formalizou sua participação da aliança pela reeleição do
presidente Lula.
Abandona a CUT no final de 2007,
para junto com o PSB e outras correntes independentes no movimento
sindical fundarem a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil -
CTB.
O PCdoB foi anfitrião do 10º Encontro
Internacional de Partidos Comunistas e Operários, de 21 a 23 de novembro de 2008 ,
reunindo 65 partidos comunistas e operários de todo o mundo, evento até então
inédito na América Latina.
Também neste ano tem a sua maior
ampliação nas eleições municipais, elegendo 40 prefeitos(as), entre os quais
Edvaldo Nogueira, em Aracaju, e outras cidades como Olinda (PE), Juazeiro da
Bahia e Maranguape (CE).
Em 2005 realiza seu XI Congresso e
reformula seu estatuto, entre outras inovações admitindo pela primeira vez a
distinção entre "filiado" e "militante" - este seria apenas
o filiado que contribui para as finanças do Partido e cumpre suas obrigações
partidárias. Esse movimento é visto como um passo para a massificação do
Partido Comunista do Brasil.
Em 2009, no XII Congresso, o PCdoB
adotou um novo Programa Socialista, intitulado O fortalecimento da Nação é
o caminho, o socialismo é o rumo!, que trata apenas da fase inicial da
transição ao socialismo, determinando ao coletivo partidário alguns temas para
ação imediata ou a médio prazo.
Fonte:
site Wikipédia 18/04/2014
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