As mulheres foram 30% das candidatas
para o cargo de deputado estadual, mas apenas três assumirão o mandato, 7,5% do
total.
SC tem mais de 15% da sua população negra ou mulata, mas é uma das
poucas casas legislativas do país que não tem nenhum deputado negro. A
comparação entre o perfil dos deputados e as estatísticas do Estado mostra a
disparidade na forma como a população é representada.
— Uma parte dessa
sub-representação está relacionada à dificuldade de mobilização de movimentos
sociais que poderiam dar guarida ou dar origem a novos candidatos. Por outro
lado, Santa Catarina é um Estado conservador tanto do ponto de vista moral
quanto do ponto de vista político — explica o cientista político, Jacques
Mick.
Assembleia renovada, mas nem tanto: Algumas
"caras novas" foram empossadas neste domingo. Foram 12 parlamentares
eleitos que nunca tinham cumprido um mandato na Casa. E se somam a eles três
deputados e vão entrar após a saída de seus colegas convidados a atuar em
secretarias estaduais. Apesar da aparente renovação, 37,5% deles, os nomes não
são tão desconhecidos assim do público.
É caso de Leonel Pavan (PSDB), Vicente
Caropreso (PSDB) e Fernando Coruja (suplente pelo PDMB), por exemplo. Políticos
que já passaram por diversos cargos públicos: todos foram deputados federais e
Pavan foi também senador, vice-governador e até governador por um ano. Apesar
da experiência, é a primeira vez que assumem uma cadeira no Legislativo
estadual.
Há também nomes mais jovens como João
Amin (PP), de 34 anos, Patrício Destro (PSB), de 36 anos, Claiton Salvaro
(PSB), de 39 anos, Ricardo Guidi (PPS), de 37 anos, e Gabriel Ribeiro (PSD), de
35 anos.
— É um passo grande que se dá em
um momento de uma transição de ciclo. O que está saindo agora é o de 82, não só
na política catarinense. Também na brasileira. Esse novo ciclo que está
iniciando vai melhorar o debate político — acredita Gelson Merísio, que
reassume como presidente da Assembleia agora na retomada dos trabalhos.
Mas, mantendo uma tradição, a maior
parte dos deputados foi reeleita. É o caso de 25 dos deputados que reassumem em
um novo mandato ou foram suplentes na outra legislatura e agora conquistaram
sua primeira vez eleitos desde o início.
Questão à parte, 202.358 eleitores não
não serão representados pelos políticos que ajudaram a eleger. Eles votaram nos
quatro que saem já agora em fevereiro para assumir secretarias no governo do
Estado. Ada de Luca (PMDB), na Secretaria de Justiça e Cidadania; Carlos
Chiodini (PMDB), futuro secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável;
Moacir Sopelsa (PMDB), nomeado para a Secretaria de Agricultura e Pesca; e
Milton Hobus (PSD), responsável pela Defesa Civil. Pelo resultado das eleições,
serão convocados os suplentes Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, Carlos Fernando
Coruja, Manoel Mota e Dalmo Claro de Oliveira. Todos são filiados ao PMDB.
Eles devem tomar posse apenas na
terça-feira, mesma data em que está prevista uma apresentação do governador na
Assembleia, para leitura anual da mensagem aos parlamentares.
Deputados começam hoje o ano
legislativo: Os 40 deputados estaduais catarinenses eleitos em outubro passado
tomaram posse, na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa (AL), dando
início aos trabalhos de 2015. Cerca de duas mil pessoas lotaram o espaço
reservado a autoridades, familiares e amigos dos deputados.
Gelson Merísio (PSD), o deputado mais
votado na última eleição, foi escolhido por unanimidade para a presidência da
Assembleia para os próximos dois anos.Esta será a terceira vez que ele
presidirá a AL. Integram ainda a mesa diretora os parlamentares Aldo Schneider
(PMDB), como 1º vice-presidente; e Leonel Pavan (PSDB), como 2º
vice-presidente. Os deputados Valmir Francisco Comin (PP), Padre Pedro
Baldissera (PT), Dirce Heiderscheidt (PMDB) e Mario Marcondes (PR) foram
escolhidos como 1º, 2°, 3ª e 4° secretários, respectivamente.
Fonte: Site Jornal A Notícia 02/02/2015
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