Empresas investigadas pela Operação
Lava-Jato doaram, somadas, cerca de R$ 109 milhões aos dois
presidenciáveis que disputaram o segundo turno da eleição de 2014 — Dilma
Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Dilma, que passou quase toda a campanha
à frente nas pesquisas, foi a que recebeu mais recursos das empresas
investigadas na Lava-Jato. Foram R$ 68,5 milhões distribuídos, nesta ordem,
pelas empreiteiras OAS, Odebrecht (construtora e outras empresas do grupo), UTC
Engenharia, Queiroz Galvão, Camargo Correa e Engevix. A Andrade Gutierrez (que
não é investigada na Lava-Jato) também aparece entre as doadoras.
Todas são alvo de investigação da Polícia
Federal por suposto pagamento de propinas a políticos e funcionários
da Petrobras em troca da obtenção de contratos superfaturados com a
estatal. As mesmas empresas, com exceção da Engevix, aparecem na lista de
doadores de Aécio. Juntas, repassaram R$ 40,2 milhões para a campanha do
tucano.
Levando-se em conta o total arrecadado
pelos dois candidatos, pode-se dizer que empreiteiras envolvidas no escândalo
doaram um de cada cinco reais que alimentaram as máquinas de campanha de
Dilma e de Aécio.
As contribuições do grupo — que tem
características de cartel, segundo o Ministério Público — não se
limitaram aos dois presidenciáveis. Levantamento feito pelo jornal O
Estado de S. Paulo nas prestações de contas dos candidatos que não passaram ao
segundo turno revelou doações de oito empreiteiras no total de R$ 182 milhões.
Ou seja, essas empresas aplicaram pelo
menos R$ 250 milhões em campanhas eleitorais em meio à investigação da qual são
alvo. A Operação Lava-Jato foi deflagrada em março, três meses antes do início
oficial das campanhas eleitorais.
Fonte:
Site A Notícia.com 26/11/2014
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