sábado, 6 de agosto de 2011

Destaque Político SC: Leodegar Tiscoski está envolvido em denúncia de superfaturamento de obras das empreiteiras

Segundo a revista IstoÉ, empresas seriam doadoras eleitorais do PP. O catarinense Leodegar Tiscoski, secretário nacional de Saneamento Ambiental, está envolvido em uma denúncia de favorecimento a empresas que são doadoras eleitorais do PP, partido que comanda o Ministério das Cidades.
O esquema, segundo a revista IstoÉ, passaria por superfaturamento de obras das empreiteiras, que fariam contribuições eleitorais para a direção nacional do partido — as chamadas doações ocultas.
O candidato que mais recebeu dinheiro do PP nacional, na eleição de 2010, foi o catarinense João Pizzolatti. Ele superou todos os 44 deputados federais eleitos pelo PP no Brasil. Dos R$ 1,62 milhão declarados pelo pepista, R$ 868 mil entraram no caixa da campanha dessa forma.
Segundo a IstoÉ, esse tipo de declaração mascararia os beneficiados por doações de empreiteiras com interesse direto em obras do Ministério das Cidades.
O esquema, conforme a reportagem, seria coordenado por Tiscoski, que acumularia a secretaria, vinculada ao ministério, e a tesouraria do PP nacional. Tiscoski alega ter deixado ao cargo partidário em março do ano passado, antes das eleições, embora tenha assinado prestação de contas da sigla no final de 2010.
— Essa história toda é uma maldade muito grande com o Leodegar. O PP foi um dos partidos que menos recebeu doações de empreiteiras, é só comparar com o que receberam PT e PMDB — diz Pizzolatti.
Sobre o alto volume de doações feitas pela direção nacional, Pizzolatti diz que isso representa "prestígio" junto à cúpula. Os números mostram que o PP apostou em Pizzolatti, embora durante toda a campanha ele tenha ficado com a candidatura suspensa à espera da decisão do STF sobre a validade da Lei Ficha Limpa em 2010. Apenas em julho ele assumiu a vaga, desalojando Odacir Zonta — que recebeu R$ 239 mil da direção nacional.
— Recebi uma solidariedade bastante forte em todos os momentos difíceis — diz Pizzolatti.
Ele nega que as doações da direção nacional mascarem a origem dos recursos e diz que tudo foi apresentado ao TSE. Alega que as datas das doações de empreiteiras ao PP são distantes dos repasses do partido para sua campanha. Sobre as denúncias, ele diz que Tiscoski é vítima de interesses contrariados.
— Tem cheiro de fogo amigo. Logo, logo vamos saber — diz o pepista.

Fonte: Diário Catarinense 02/08/2011

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