sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Destaque Político Brasil: Divergência entre ministros suspende julgamento de registro do PSD

Ministro Marcelo Ribeiro, do TSE, pediu vista do pedido para criação do partido de Gilberto Kassab. Um pedido de vista do ministro Marcelo Ribeiro, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu o julgamento do pedido de registro do PSD, que será retomado na próxima terça-feira.

Antes de Ribeiro, votaram a relatora Nancy Andrighi, que liberou o registro, e o ministro Teori Zavascki, que votou para que o processo fosse baixado para os tribunais regionais eleitorais checarem assinaturas que passaram apenas pelos cartórios eleitorais.
O ponto principal da discussão é saber se o TSE poderia aceitar certidões de cartórios eleitorais que contém as assinaturas de apoiamento sem passar pelos tribunais regionais eleitorais.
De acordo com Andrighi, caso essa conta fosse levada em consideração, o PSD teria cerca de 307 mil assinaturas — o mínimo exigido por lei é 490 mil. Os ministros também divergiram sobre a possibilidade de o TSE aceitar certidões de cartórios eleitorais onde o PSD não foi criado regionalmente.
Ribeiro justificou seu pedido de vista dizendo que o tribunal estava entre duas soluções inadequadas.
— Qualquer decisão que nos tomarmos aqui vai arranhar ou a letra fria da lei, ou o sistema feito pela resolução. Se admitirmos essa contagem cartorária aqui, temos que revogar resolução na semana que vem. Por outro lado, a lei fala em (se aceitar) certidão de cartório — disse Ribeiro.
O ministro Marco Aurélio Mello, que ainda irá votar, também alertou para a dificuldade de aprovar assinaturas de apoio que ainda não passaram pelos tribunais locais.
— Se houve atraso não foi da Justiça Eleitoral, não se pode aprovar de cambolhada. A Justiça foi provocada um ano antes das eleições municipais — disse Marco Aurélio.
Apesar de ainda não ter votado, o presidente da corte, Ricardo Lewandowski, mostrou-se favorável à obtenção do registro. Ele acredita que o tribunal deve dar uma interpretação mais flexível aos requisitos exigidos pela legislação eleitoral.
Chegou, inclusive a citar estado de greve da Justiça Eleitoral em algumas regiões para justificar seu ponto de vista. Os ministros Arnaldo Versiani e Cármen Lúcia ainda não fizeram qualquer observação.

Fonte: Site Jornal A Notícia 23/09/2011

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