quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Atualidade: Personagem: Goiaba, 18 anos sem o político mais polêmico dos anos 1980

Luiz José Borgonovo, o Goiaba. Foto: Arquivo

Luiz José Borgonovo, o “Goiaba” como ficou conhecido por familiares, amigos e também adversários. Foi o político mais polêmico da década de 1980. Da criação do MDB ainda em 1972, até sua última eleição em 1992, Goiaba foi do céu ao inferno algumas vezes. Hoje dia 24 faz 18 anos que ele partiu.

Nasceu em Nova Trento no dia 05 de Outubro de 1946, sendo filho do ex-Prefeito José Valentim Borgonovo. Começou a participar da política em 1968, quando foi integrante de um grupo de jovens que queria criar o MDB no município, fato que só ocorreu em 1972. Nessa época, seu pai foi Vice-Prefeito do município pela Arena, partido adversário ao seu.
Fundador do MDB, se tornou uma das lideranças do partido, tendo concorrido a Prefeito pelo MDB 2, nas eleições de 1976. Recebeu 468 votos, o segundo dentro da legenda, sendo derrotado junto com o partido.
Com o fim do bipartidarismo, transferiu-se para o PDS em 1980, sucessor da Arena, aliando-se aos seus antigos adversários. Foi trabalhar na prefeitura. Concorreu a Vereador nas eleições de 1982, elegendo-se com 244 votos, para o período de 1983 a 1988.
Já no segundo ano de mandato, começou a ter desentendimentos com o Prefeito que ajudou a eleger, e com o seu partido, se tornando um dos Vereadores que mais fez oposição à administração municipal, a ponto de presidir os processos de cassação do Prefeito, entre 1984 a 1986. Nesse período seus companheiros de partido se tornaram adversários, e seus adversários em seus companheiros.
Em 1986, se transferiu para o PMDB, seu antigo partido, elegendo-se Presidente da Câmara para o Biênio 1987 a 1988. Foi o primeiro Presidente da Câmara do partido. Era considerado herói no PMDB, e vilão para o PDS.
Neste período sua repartição na prefeitura foi transferida para a garagem, causando motivo de risos aos seus adversário e indignação aos amigos. Nas eleições de 1988, concorreu a reeleição, conquistando 230 votos, elegendo-se para o mandato de 1989 a 1992, período que também ocupou a Secretaria Municipal de Obras. Nesta eleição ajudou eleger o Prefeito do PMDB, seu companheiro dos tempos do MDB.
Participou na elaboração da Lei Orgânica do município em 1990. Durante a Convenção Municipal do PMDB em 1992, apoiou a pré-candidatura de Pedro Piva Neto para prefeito, que foi vencida. Foi afastado do cargo logo após a convenção, e passou a ignorar a candidatura de seu partido.
Inconformado com o resultado, mesmo não apoiando a candidatura oficial do partido, concorreu novamente a Vereador, conquistando apenas 105 votos, não se elegendo. Caiu no ostracismo com a posse do novo Prefeito, antigo aliado e então adversário. Faleceu em Curitiba, no dia 24 de novembro de 1993.

Fontes: Arquivo pessoal e pesquisa de campo


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